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sexta-feira, 29 de agosto de 2008
3ª Manoca do Canto Gaúcho acontece neste sábado, na Dom Alberto, com os maiores nomes do nativismo e os 700 lugares esgotados há uma semana
Uma festa do nativismo
3ª Manoca do Canto Gaúcho acontece neste sábado, na Dom Alberto, com os maiores nomes do nativismo e os 700 lugares esgotados há uma semana
Com uma lista de espera de quase 200 pessoas e os 700 ingressos esgotados, o auditório da Faculdade Dom Alberto recebe neste sábado, a partir das 19h30min, os maiores nomes do nativismo para a final da 3ª Manoca do Canto Gaúcho, o festival de Santa Cruz do Sul. Subirão ao palco 14 composições, duas delas representando Santa Cruz do Sul, classificadas na fase local.
O evento é promovido pela Associação Cultural Pró-Rio Grande, Faculdade Dom Alberto e Gazeta Grupo de Comunicações, com apoio da ATS, Poder Público Municipal, entidades e empresas do município. O CD com as 14 músicas concorrentes, mais três faixas-bônus de autoria dos jurados será vendido no local a R$ 10,00. O kit de CD e camiseta será comercializado a R$ 20,00.
Ao palco da 3ª Manoca subirão alguns dos cantores mais premiados nos festivais nativistas este ano, como Rainier Spohr, Matheus Leal, Nilton Ferreira, Juliano Javoski, Robledo Martins, Rui Carlos Ávila, Clênio Bibiano, Danieli Rosa, Ita Cunha, Airam Cardoso e representando Santa Cruz do Sul, Tiago Oliveira e os Irmãos Marques, entre outros. O show de abertura será de Neco Machado e convidados (entre eles os jurados Douglas Osterberg - Grupo Recuerdos de Pampa -, Mateus Lampert, Jader Leal e Roberto Luçardo).
DUPLA - Após a apresentação das concorrentes, o grande show da mais famosa dupla gaúcha da atualidade, vencedora do prêmio TIM na categoria dupla regional, César Oliveira e Rogério Melo, lançando o DVD “O Campo”. Segundo César Oliveira, em recente entrevista à Rádio Gazeta AM, será um momento de reencontrar os muitos amigos de Santa Cruz do Sul depois de pelo menos três anos que não vinham apresentar seus shows na cidade. “É gratificante voltar a Santa Cruz do Sul, perceber que na região está consolidado um grande festival nativista e reencontrar tantos amigos que estão envolvidos nesta promoção e que têm grande carinho pelo trabalho meu e do Rogério”, destacou.
O festival distribuirá cerca de R$ 2 mil em prêmios e troféus em nove categorias. Segundo o presidente da Associação Cultural Pró-Rio Grande, Diego Moura, a grande procura por ingressos não surpreendeu os organizadores. “Já tínhamos esta previsão desde que houve lotação completa na fase local, mas a infra-estrutura do auditório da Faculdade Dom Alberto é excelente e a programação do festival foi mantida”, destacou. Segundo ele, a parceria entre Pró-Rio Grande e Dom Alberto está confirmada para 2009. “Mas, o festival será maior. Além da fase local, faremos a final em dois dias, pois a Manoca cresceu muito e precisaremos ampliar o formato. Além disso, aprovamos projeto cultural na Lei Rouanet e o aporte de recursos para o próximo ano será maior”, frisou.
Manoca 2009 está na Lei Rouanet
Se a 3ª Manoca do Canto Gaúcho já conquistou absoluto sucesso de público, a quarta edição será ainda maior. Na última terça-feira o projeto de realização da 4ª Manoca do Canto Gaúcho foi aprovado para receber os incentivos da Lei Rouanet. O projeto foi elaborado pelo produtor cultural Tiago Cesarino, que no próximo sábado estará reunido com a comissão de Cultural e de Projetos da Associação Cultural Pró-Rio Grande pra elaboração do cronograma do evento e estratégias de captação. Além disso, a associação fez seu cadastro na Lei de Incentivo à Cultura e avalia esta semana propostas de produtores culturais para ingressar com o projeto da 4ª Manoca também neste programa. A Lei Rouanet aprovou incentivos para gravação de um DVD da Manoca.
“Temos investidores interessados, a partir de negociações previamente estabelecidas pela diretoria e pelo produtor cultural. Agora, vamos ampliar o leque das negociações”, explicou o presidente Diego Moura. O coordenador-geral da 3ª Manoca, Cleiton Santos, destacou que a entidade promoveu neste ano os preparativos das duas edições. “Consolidamos parcerias importantes e de longo prazo, inclusive os projetos de incentivo à cultura, que garantem a sustentação do festival pelos próximos anos. É bom poder dizer que Santa Cruz do Sul tem o seu festival nativista consolidado. E vai ser ainda maior em 2009”, destacou Santos.
Segundo ele, em 2009 será mantida a fase local, criada este ano. “A final será em dois dias. O crescimento do festival não comporta mais a final em apenas uma noite. O calendário de eventos de Santa Cruz do Sul já pode incluir a 4ª Manoca do Canto Gaúcho nos dias 28, 29 e 30 de agosto de 2009”, acrescentou Cleiton Santos.
O presidente Diego Moura afirmou que a parceria da Manoca com a Faculdade Dom Alberto e a Gazeta Grupo de Comunicações, entre outros apoiadores, para 2009 já está acertada, dependendo apenas de formalização. “Os resultados falam por si”, destacou. Para o vice-presidente Rovani Morales, a estratégia de trabalhar com uma programação prévia, metas bem definidas e os pés no chão, foi fundamental para esta edição do evento e o início do planejamento da próxima.
Novos talentos nativistas
Engana-se quem pensa que o projeto da Manoca do Canto Gaúcho fica restrito a realização de um festival musical. Também neste sábado, mas pela manhã, terá início o projeto “Novos Talentos Nativistas”, na Faculdade Dom Alberto. Trata-se de um curso de 60 horas, coordenado pelos professores Neidmar Roger Alves (Dom Alberto) e Iran Pas (Associação Cultural Pró-Rio Grande), que visa apresentar aos jovens estudantes conceitos de história, musicalidade, literatura, poesia e conhecimento da cultura do Rio Grande do Sul.
O projeto pode contemplar até 30 jovens de 7 a 15 anos e as últimas vagas têm inscrições ainda estão abertas na Dom Alberto ou no site www.domalberto.edu.br . Neidmar Alves, coordenador Cultural e de Responsabilidade Social da Dom Alberto, explica que a iniciativa visa consolidar o conhecimento da cultura gaúcha entre os jovens, dentro de métodos educacionais. “Assim, estaremos fortalecendo não apenas a identidade cultural destes jovens, como criando oportunidade de desenvolvimento dos talentos regionais para as fases estudantil e local e, porque não, final, da Manoca do Canto Gaúcho”, frisou Alves. Iran Pas destaca que o trabalho será todo desenvolvido a partir da poesia e da música gaúcha, num sistema inovador.
Neste segundo semestre de 2008 o projeto-piloto será trabalhado em turno invertido das aulas do currículo escolar e aos sábados pela manhã. “Além dos professores engajados nos projetos, ofereceremos oficinas com músicos que participaram da Manoca”, esclarece. Segundo ele, a intenção é fortalecer o projeto para 2009, de acordo com a demanda. “A importância deste projeto reside na oportunidade que os jovens têm de descobrir na sua juventude a sua veia poética e, com isso, ganhar a cidade e o Estado com o fortalecimento de sua cultura musical. Também serve para aprimorar o conhecimento dos jovens a cerca da literatura regional, folclore e da história rio-grandense, o que certamente será de grande valia para reforçar o conteúdo escolar”, destaca Iran pas.
SERVIÇO
O que: Final da 3ª Manoca do Canto Gaúcho
Quando: Neste sábado, a partir das 19h30min (portas abertas a partir das 18h45min)
Onde: Auditório da Faculdade Dom Alberto
Quem: os maiores nomes do nativismo gaúcho
Ingressos: esgotados (há fila de espera)
Produtos: CD a R$ 10,00 e camisetas a R$ 15,00 (Kit com CD e camiseta sai por R$ 20,00).
Promoção: Associação Cultural Pró-Rio Grande, Faculdade Dom Alberto, Gazeta Grupo de Comunicações
Apoio: Poder Público Municipal, ATS, empresas e entidades do município
Por que o nome Manoca?
Manoca é o conjunto de 20 a 25 folhas de tabaco reunidas para secagem e cura, atadas por outra folha de mesmo tipo e padrão enrolada. Segundo o vice-presidente da Associação Cultural Pró-Rio Grande, Rovani Morales, é uma das mais usuais maneiras artesanais de classificar o fumo. “Deu nome ao festival por tratar-se de um termo usual ao homem rural de Santa Cruz do Sul e do produto que é a base da economia deste gaúcho município”, destaca Morales.
Quem julga:
O júri é composto pelo cantor e compositor Roberto Luçardo (Piratini), violonista, cantor e compositor Douglas Osterberg (Camaquã), cantor, compositor Neco Machado (Rio Pardo), instrumentista, cantor e compositor Jader Leal (Porto Alegre) e pelo poeta Mateus Lampert (Livramento).
Ordem de Apresentação e CD
Música Intérprete (s) Ritmo Autor (L) Autor (M)
No Sul do País Raineri Spohr/Danieli Rosa Milonga Martin César Gonçalves Maikel Paiva
Sorvendo Recuerdos Airam Cardoso Milonga Marco H. Lopes (In Memorian) Maurício Lopes
Do Franqueiro ao Crioulo Lageano Adriano Posai/Daniel Silva/ Nilton Ferreira/ Pedro Jr. da Fontoura Canção Tropeira Sérgio Saretto e Romulo Furtado Nilton Ferreira
O Último Tombo Robledo Martins Adão Quevedo Robledo Martins
As Luzes da Tapera Evandro Marques/Guga Marques/Anderson Marques Chamarra Glauco Lemos Daniel Petri
Guitarreiro Raineri Spohr Milonga Fábio Maciel Raineri Spohr
Estância Cuarahiverá Juliano Javoski/Nilton Ferreira Chamarra Juliano Javoski Zulmar Benitez
Ante as Ruínas Missioneiras Robledo Martins/Rui Carlos Ávila Cifra por Milonga Noel Guarany (in Memoriam), João Sampaio e Mauro Aquino Robledo Martins/Rui Carlos Ávila
Da Alma um Canto pra os Meus Tiago Oliveira Milonga Tiago Oliveira Tiago Oliveira
Na Fazenda Paraíso Matheus Leal/Ita Cunha Chamarra Davi Teixeira Davi Teixeira
Milonga a Pedro Luzero Clênio Bibiano/Júlio Machado Milonga Gujo Teixeira Clênio Bibiano
Quando um Rio é um Triste Poeta das Cheias Danieli Rosa
Milonga Xirú Antunes Raineri Spohr
O meu Sonho de Campeiro Ita Cunha/Matheus Leal Chamarra
Alex Silveira Matheus Leal
Aos Olhos da Porteira Rui Carlos Ávila Milonga Nino Ferraz Rui Carlos Ávila
Faixas-bônus do CD
Depois dos Mates Jader Leal Chamamé Mateus Lampert Jader Leal
Um Dia de Marcação Neco Machado Chamamé Neco Machado Neco Machado
Milonga do Retovo Roberto Luçardo e Guilherme Collares Milonga Vasco Veleda Roberto Luçardo
Fonte: Pró-Rio Grande
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