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terça-feira, 2 de março de 2010
CUT-DF discute violência organizacional e LER/Dort
A CUT-DF e o Sindicato dos Bancários de Brasília realizaram na quinta feira (25) um seminário para debater a violência organizacional no trabalho e as doenças ocupacionais designadas pela sigla LER/Dort. O encontro aconteceu três dias antes do Dia Internacional de Conscientização sobre as Lesões por Esforços Repetitivos (LER).
O evento teve início por volta das 19h e ocorreu no Teatro dos Bancários, na sede do Sindicato. Cerca de cem pessoas, entre sindicalistas, dirigentes e delegados sindicais bancários e trabalhadores em geral compareceram ao evento, que foi dividido em duas partes. Na primeira delas, os integrantes da mesa fizeram falas introdutórias sobre o assunto. A mesa foi composta pelo diretor da secretaria de Saúde do Sindicato, Alexandre Severo, a secretária de Saúde da CUT-DF, Conceição Costa, a presidenta da CUT-DF Rejane Pitanga, o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rodrigo Britto, e a deputada distrital Érika Kokay (PT-DF).
“Cada vez mais, a tendência é que a exploração, a automação e a terceirização aumentem a pressão sobre o bancário em seu ambiente de trabalho. Por isso, é extremamente importante que o Sindicato esteja atento a essas questões, a fim de promover a qualidade de vida e defender a saúde da categoria”, detalha Conceição, envolvida com atividades de promoção da saúde da categoria, como a Clínica do Trabalho, que funciona no Sindicato dos Banários e atende bancários acometidos de LER/Dort.
Na segunda parte do evento foram feitas as palestras expositivas sobre os temas do seminário. A primeira intervenção foi da professora da Universidade de Brasília (UnB), Ana Magnólia Mendes, pós-doutorado em Psicodinâmica e Clínica do Trabalho e parceira do Sindicato em pesquisas e ações de promoção da saúde do trabalhador desde 2002. Em sua exposição, ela tratou do tema da violência organizacional no ambiente de trabalho e dos impactos da mesma na saúde do trabalhador. “É extremamente importante essa colaboração entre o Sindicato e a Universidade, a fim de trazer o conhecimento acadêmico para o âmbito da luta política e atuarmos na transformação da realidade”.
A segunda fala coube ao médico George Kouzak. Ele detalhou as questões relativas à nomenclatura das LER/Dort, às condições que propiciam o desenvolvimento das lesões por esforço repetitivo, os sintomas e as formas de prevenção destas doenças. Segundo estatísticas apresentadas pelo médico, as LER/Dort correspondem a cerca de 45% das doenças ocupacionais registradas hoje no Brasil. “É muito importante que o trabalhador procure ajuda médica já nas primeiras manifestações de dor localizada, sintomas típicos das LER/Dort. Infelizmente, a maioria das pessoas só procura ajuda quando a dor já está bastante aguda. Neste momento a pessoa já entrou no estágio III da doença, quando ela é irreversível”, alerta o médico especialista em saúde do trabalho.
A terceira palestra foi dada por Luís Antônio Castagna Maia, advogado especializado em direitos trabalhistas e previdenciários. Ele falou dos direitos que cabem ao trabalhador em geral e àquele afetado por LER/Dort, além de detalhar as formas pelas quais os bancários podem salvaguardar seus direitos, tanto junto ao banco quanto ao INSS e à Previdência Social. Após as falas, houve um debate aberto sobre os temas discutidos, com a participação do auditório, fechando o seminário.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília
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