por Carlos
O que acontece atrás do palco e poucos enxergam, no mais tradicional festival de música gaúcha da região
É um show a parte ver tantos artistas talentosos em um só lugar: o camarim. São violões e vozes sendo afinados a todo tempo no ritmo dos bombos legueiros ou cajons. Para Leonardo Paim, é o lugar de concentração, de preparação para o grande momento no palco. Além de ser um lugar de preparação, também é um lugar de reencontros, de irmãos que se conhecem, se conversam, se querem bem e se desejam sorte. São muitos os abraços e apertos de mãos que quase se esquece que estão todos competindo.
Em um desses reencontros ouço Analise Severo perguntando a alguém como estava a família, o pai, a mãe, os amigos enquanto riam e se divertiam com o assunto. Mas a maior parte do tempo se ouve falar de música. O instrumentista e interprete Leonardo Paim afirma que o que mais se conversa é sobre os festivais, as músicas, arranjos, interpretação e tudo o que envolve a música. O violonista Maikell Paiva revela que algumas vezes chegam a compor músicas nestes encontros nos camarins, outra vezes, é a primeira vez que o grupo se reúne para ensaiar a música que irão defender naquele evento. Foi o que aconteceu com ele neste Carijo.
Claro que não poderia faltar a imprensa. São reportes de rádio, TV, web e jornais que se aglomeram junto aos músicos, ora conversam calmamente, ora se empurram em busca de um espaço para o seu microfone.
O repórter da rádio Sociedade Seberi, Delfo de Souza conta que os músicos são bastante atenciosos, alguns deles chegam a dizer que dependem mais da imprensa do que a imprensa dos artistas. Mas a maior correria acontece mesmo é quando o músico desce do palco depois da apresentação. Eles são barrados por microfones direcionados a eles e bombardeados de perguntas. Os preferidos dos repórteres são os intérpretes das musicas. Os instrumentistas, muitas vezes, são deixados de lado.
Josiane Canterle / Da Hora
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