Entidades exigem a apuração e solução de assassinatos que aconteceram em todo o País contra sindicalistas
Escrito por: CNTT-CUT
Com a finalidade de combater e denunciar a bandidagem infiltrada no movimento sindical e exigir dos órgãos competentes a apuração rigorosa dos fatos, a solução dos crimes contra sindicalistas e a condenação dos culpados, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes da CUT (CNTT-CUT) e a CUT Nacional convocam todos os sindicatos filiados à CUT de todo o País a se engajarem na divulgação daCampanha Nacional contra o banditismo e a violência no movimento sindical. (leia o documento em pdf no final da matéria).
Segundo o presidente da Confederação, Paulo João Estausia (Paulinho), a Campanha quer dar um basta à onda de violência e impunidade que tem assolado o País e assassinou de forma covarde sindicalistas em várias capitais e Estados. “O movimento sindical sério e combativo não pode permitir que uma “minoria ou banda podre manche a reputação e a luta do sindicalismo”, explica.
Um levantamento preliminar da CNTT constatou que foram assassinados mais de 65 dirigentes sindicais nos últimos anos, e a maioria dos casos aconteceram nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Ceará, Maranhão, Pará, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. “O mais estarrecedor é que a maioria dos casos não foram solucionados até hoje, deixando os criminosos impunes. A quem interessa os assassinatos?”, questiona Paulinho.
Justiça e divulgação
No final do ano passado, o presidente da CNTT e dirigentes da CUT estiveram em audiência na Ouvidoria de Justiça, órgão ligado ao Ministério da Justiça, e denunciaram a escalada da violência no movimento sindical. Neste mês de janeiro, as entidades se reunirão com o Ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, e na ocasião pedirão ao Ministério esclarecimentos sobre os assassinatos e providências que impeçam a continuidade da onda de violência no Brasil.
A CNTT pede ao movimento sindical cutista que divulgue nos seus sites na internet, jornais/informativos e nas mídias locais. Também orienta que os sindicatos encaminhem ofícios aos órgãos públicos, solicitando o acompanhamento e solução imediata dos crimes contra sindicalistas. A entidade ainda ressalta que é importante encaminhar o ofício apenas aos Estados e municípios onde ocorreram algum tipo de violência contra dirigentes sindicais.
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