Conversamos sobre a luta indigena de ontem quando expulsávamos garimpeiros e invasores para garantir a demarcação das terras, preocupados com o momento que vive o movimento indígena nosso Brasil. Hoje o jovem indígena só quer saber de notebook, viagens, hotéis, celulares e mordomias como se isso fosse direito e não um privilégio.
Por isso, anoto abaixo, a Carta de uma Guerreira Indígena escrita para despertar o espirito guerreiro do Índio Brasileiro porque estamos dormindo como se tivéssemos tomado uma dose de anestesia. Vamos despertar:
Uma velha Wintu religiosa fala com tristeza da destruição brutal e desnecessária de sua terra pelos brancos...
“O homem branco jamais se preocupou com a terra, nem com o veado, nem com o urso.
Quando nós, índios, matamos um animal, comemos ele todo.
Quando queremos arrancar uma raiz, fazemos pequenos buracos no chão.
Quando construímos casas, também fazemos pequenos buracos.
Quando queimamos a erva contra os gafanhotos, não arruinamos tudo.
Recolhemos as bolotas e as pinhas. Não derrubamos árvores. Usamos apenas madeira morta.
Mas os brancos reviram a terra, arrancam as árvores, matam tudo.
A árvore diz “Não! Eu sou sensível. Não me fira”. Mas eles a derrubam e a cortam em pedaços.
O espírito da terra os odeia.
Eles destroem as árvores e as puxam pelas entranhas. Eles serram as árvores. Isto as fere.
Os índios nunca ferem nada, enquanto os brancos destroem tudo.
Explodem rochas e as espalham pelo chão. A pedra diz “Não! Você está me ferindo”.
Mas o branco não presta atenção.
Quando os índios usam pedras, escolhem as menores e arredondadas que servem para a cozinha.
Como é que o espírito da terra pode gostar do homem branco?
Onde o branco põe a mão há sofrimento.”
Quando nós, índios, matamos um animal, comemos ele todo.
Quando queremos arrancar uma raiz, fazemos pequenos buracos no chão.
Quando construímos casas, também fazemos pequenos buracos.
Quando queimamos a erva contra os gafanhotos, não arruinamos tudo.
Recolhemos as bolotas e as pinhas. Não derrubamos árvores. Usamos apenas madeira morta.
Mas os brancos reviram a terra, arrancam as árvores, matam tudo.
A árvore diz “Não! Eu sou sensível. Não me fira”. Mas eles a derrubam e a cortam em pedaços.
O espírito da terra os odeia.
Eles destroem as árvores e as puxam pelas entranhas. Eles serram as árvores. Isto as fere.
Os índios nunca ferem nada, enquanto os brancos destroem tudo.
Explodem rochas e as espalham pelo chão. A pedra diz “Não! Você está me ferindo”.
Mas o branco não presta atenção.
Quando os índios usam pedras, escolhem as menores e arredondadas que servem para a cozinha.
Como é que o espírito da terra pode gostar do homem branco?
Onde o branco põe a mão há sofrimento.”
M. MARCOS TERENA
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