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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Irmãs Indígenas, Amigos e Guerreiros.

Ontem encontrei o Velho Paiakan na FUNAI.

Conversamos sobre a luta indigena de ontem quando expulsávamos garimpeiros e invasores para garantir a demarcação das terras, preocupados com o momento que vive o movimento indígena nosso Brasil. Hoje o jovem indígena só quer saber de notebook, viagens, hotéis, celulares e mordomias como se isso fosse direito e não um privilégio.

Por isso, anoto abaixo, a Carta de uma Guerreira Indígena escrita para despertar o espirito guerreiro do Índio Brasileiro porque estamos dormindo como se tivéssemos tomado uma dose de anestesia. Vamos despertar:


Uma velha Wintu religiosa fala com tristeza da destruição brutal e desnecessária de sua terra pelos brancos...

“O homem branco jamais se preocupou com a terra, nem com o veado, nem com o urso.
Quando nós, índios, matamos um animal, comemos ele todo.
Quando queremos arrancar uma raiz, fazemos peque­nos buracos no chão.
Quando construímos casas, também fazemos pequenos buracos.
Quando queimamos a erva contra os gafanhotos, não arruinamos tudo.
Recolhemos as bolotas e as pinhas. Não derrubamos árvores. Usamos apenas madeira morta.
Mas os brancos reviram a terra, arrancam as árvores, matam tudo.
A árvore diz “Não! Eu sou sensível. Não me fira”. Mas eles a derrubam e a cortam em pedaços.
O espírito da terra os odeia.
Eles destroem as árvores e as puxam pelas entranhas. Eles serram as árvores. Isto as fere.
Os índios nunca ferem nada, enquanto os brancos destroem tudo.
Explodem rochas e as espalham pelo chão. A pedra diz “Não! Você está me ferindo”.
Mas o branco não pres­ta atenção.
Quando os índios usam pedras, escolhem as menores e arredondadas que servem para a cozinha.
Como é que o espírito da terra pode gostar do homem branco?
Onde o branco põe a mão há sofrimento.”




M. MARCOS TERENA

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