“A lógica empresarial domina o pensamento de Macri”
Escrito por: Mariano Vázquez, CTA
O secretário geral da Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), Adolfo Aguirre, repudiou as declarações do chefe de governo da cidade de Buenos Aires porque “estigmatiza aos migrantes” e atacou “a delirante ideia de Macri de que os trabalhadores de nossos países irmãos tenham vedada a possibilidade de habitar este solo”.
Adolfo Aguirre, da executiva da Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS) e secretário de Relações Internacionais da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), expressou seu rechaço ao que qualificou de declarações “xenófobas e racistas” do chefe de governo da Cidade de Buenos Aires. “A lógica empresarial domina o pensamento de Macri, para ele o que deve circular livremente pelo mundo é o dinheiro”, disse.
“Como pode ser que uma coisa, uma mercadoria não tenha problemas para ir de país em país e um ser humano tenha um montão de obstáculos?”, questionou Aguirre, frisando que as declarações de Macri e de seu chefe de Gabinete, Horacio Rodríguez Larreta, sobre a situação do Parque Indoamericano, “recordam as posturas estigmatizantes do governo de Carlos Menem e das ditaduras militares”.
O dirigente recordou que a Central de Trabalhadores da Argentina
Realizou em fevereiro e março dois encontros fraternais com trabalhadores migrantes da Bolívia e do Paraguai em Buenos Aires, buscando assegurar seus direitos sociais e trabalhistas. Na oportunidade, foram assinados convênios de cooperação mútua entre a central operária argentina e as organizações sociais e sindicais daqueles países.
“O que temos construído como irmãos migrantes, COB e CTA, é a antítese das políticas dos governos fascistas como os de Silvio Berlusconi na Itália, e que parece que Macri o quer emular, que tratam o migrante como delinquente e não como trabalhador”, sublinhou Aguirre.
Para o secretário geral da CCSCS - que agrupa 13 centrais da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Chile- “gerar uma política migratória de braços abertos permitiria por freio à exploração e à precarização” porque é necessário “não ocultar a realidade e saber como vive cada trabalhador, cada trabalhadora e sua família”. “E precisamos seguir avançando em leis que protejam o trabalhador e que se convertam em direitos que se apliquem na Argentina, na Bolívia, nos países do Mercosul, do Pacto Andino e Unasul”.
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