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domingo, 27 de fevereiro de 2011

MEC reajusta piso nacional do magistério para R$ 1.187

Segundo estimativas da CNTE, o valor ficou abaixo do calculado pela categoria

Escrito por: Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quinta-feira (24) o novo valor do piso nacional do magistério. O reajuste foi de 15,8%, elevando o piso de R$ 1.024 para R$ 1.187 para uma jornada semanal de 40 horas e vale para professores de educação básica da rede pública.

O piso nacional do magistério foi estabelecido por lei em 2008, mas, segundo as entidades que representam a categoria, ainda é desrespeitado na maioria dos estados e municípios. Há ainda divergências sobre o cálculo do reajuste. De acordo com a legislação, o piso deve ser atualizado com base no percentual de crescimento do valor por aluno estabelecido pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para matrículas dos primeiros anos do ensino fundamental urbano.

Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o valor anunciado pelo MEC ficou abaixo das estimativas calculadas pela categoria, que revindica um mínimo de R$ 1.597, com aumento de 21%. “No nosso entendimento, a base de cálculo de reajuste usada pelo ministério está errada”, afirma o presidente da entidade, Roberto Leão.

A lei que criou o piso também determina que estados e municípios que não conseguirem pagar aos professores o mínimo estabelecido receberão complementação da União. De acordo com o MEC, houve uma flexibilização das regras para que mais secretarias de Educação possam receber os repasses.

Para isso, eles precisam seguir alguns critérios, como aplicar 25% das receitas em educação, dispor de plano de carreira para o magistério aprovado em lei e demonstrar “cabalmente” o impacto do cumprimento do piso no orçamento do estado ou município. Segundo o MEC, há reserva de R$ 1 bilhão no Orçamento para suprir essa demanda.

Outro fator emperra o cumprimento da lei pelas secretarias de educação: desde 2008 está parada no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação impetrada por cinco governadores que questiona alguns dispositivos do projeto. O julgamento foi interrompido naquele ano por um pedido de vistas e não foi concluído. “Isso cria uma insegurança jurídica que só beneficia estados e municípios, mas não beneficia os professores e a educação. Enquanto a questão não é resolvida, prefeitos e governadores oportunistas se valem disso para não colocar nada em prática”, critica Leão. A categoria prepara para abril uma grande mobilização pelo cumprimento da lei com eventos em todo o país.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Abrir os arquivos da Ditadura para garantir o Direito à memória e à verdade

CUT Sergipe repudia a postura de ex-militar que afirma que não houve tortura no Brasil

Escrito por:


No último dia 20, completaram-se 35 anos de um dos momentos mais atrozes da história política de Sergipe. Em 20 de fevereiro de 1976, vários militantes e ativistas políticos do estado (funcionários públicos, estudantes, profissionais liberais...), que lutavam contra a Ditadura Militar, foram seqüestrados pelas forças militares.
 
Depois de sequestrados, os militantes foram levados presos para as dependências do quartel do 28º Batalhão de Caçadores, localizado em Salvador. A Operação Cajueiro, como ficou conhecida essa ação, não era um fato isolado, mas parte do regime ditatorial que o Brasil atravessava.
 
As vítimas da Ditadura Militar brasileira foram submetidas a uma séria de torturas, cerceamento de liberdade, alguns “desapareceram”, a exemplo de Rubens Paiva, outros foram assassinados, como o jornalista Wladimir Herzog e o operário Manuel Fiel Filho.
 
Há de se ressaltar que a luta desses militantes não foi em vão. Pelo contrário. A resistência às brutalidades dos anos de chumbo foi fundamental para a abertura política e a redemocratização do país.
 
Porém, espanta saber que os atos de crueldade cometidos na Ditadura ainda estão vivos na cabeça de alguns...
 
Esta semana, o jornalista Cláudio Nunes divulgou em seu blog um email que recebeu de um ex-militar, Gilmário Dantas Nascimento, que participou ativamente das barbaridades cometidas contra lutadores e lutadoras do povo.
 
De início, o posicionamento do ex-militar mostra o quão rancorosos e arrogantes são os torturadores. Ele chega a afirmar que não houve tortura no país e que deveriam “ter baixado o cacete nessa corja que hoje saqueia o Brasil”.
 
Trabalhadores e estudantes, diuturnamente, eram espancados, recebiam choques elétricos, agressões em partes sensíveis do corpo. Se isto não é tortura, o que é então? O bravo Milton Coelho, vítima da Operação Cajueiro, perdeu a visão por ser forçado a usar óculos de borracha de pneu. Milton não foi torturado?
 
Diferentemente dos torturadores, porém, os que foram torturados não têm sentimento revanchista. Lutam, sim, pelo direito à memória e à verdade. Por isso, é fundamental a abertura dos arquivos da Ditadura Militar. Fundamental para que não percamos a nossa história, para que “as gerações atuais e as futuras não esqueçam o que aconteceu, até porque a democracia não é algo que se ganha de presente, se conquista e se conquista todos os dias”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE), Rubens Marques, conhecido como Dudu.
 
Em outro trecho do email, o ex-militar chama o Golpe de 1964 de “contra-revolução”. “Qual conceito de revolução deste militar? É tomar o poder na ponta da baioneta e levar o Brasil ao caos? Acabar com a paz e entregar o país destroçado, com uma dívida profunda junta ao FMI, que provocou miséria? Isto para Gilmário é revolução?”, questiona o presidente da CUT Sergipe.
 
O ex-militar diz ainda que as pessoas “pediam para intervir e acabar com a baderna”. Para a CUT Sergipe, o que Gilmário chama de baderna é ato cidadão, participação popular, reivindicar democracia.
A CUT Sergipe repudia a postura desse ex-militar e se posiciona ao lado dos que lutam pela abertura dos arquivos da Ditadura, para que o povo brasileiro tenha garantido o direito à memória e à verdade.
 
Para tal, desde o início de 2010, a CUT realiza uma série de Mesas de Debates sobre Direito à Memória e à Verdade, sempre com a participação para que faça um relato fiel das atrocidades que ativistas políticos sofreram.
 
“As mesas de debate têm recebido um público interessante, não só pessoas que viveram na época da ditadura, mas também os jovens que estão ligados ao movimento estudantil. Com isso, a CUT tem contribuído com a memória nacional, pois estamos mostrando para aqueles que não viveram naquela época o quanto foi e continua sendo cara a construção da democracia nesse país. Até porque a democracia se constrói no cotidiano”, enfatiza Dudu.
 
A íntegra do email do ex-militar pode ser acessada aqui.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

27º Reponte de São Lourenço - CLASSIFICADOS


LINHA CAMPEIRA

CLASSIFICADOS

1) SOU EU O GAITEIRO Chamamé
L: Otávio Severo – Dom Pedrito
M: Edilberto Bérgamo – São Gabriel

2) A MÃO QUE SACA O PELEGO Milonga
L: Fabrício Marques – Pelotas
M: Cícero Camargo – Pelotas

3) QUE ASSIM SEJA Milonga
L: Zeca Alves
M: Daniel Gonçalves Cavalheiro – Livramento

4) DOS PRIMÓRDIOS DA GUITARRA Milonga
L: Gilberto Porto Lamaison – Passo Fundo
M: Gabriel Lucas dos Santos – Passo Fundo

5) DATA VENIA Xote
L: Sérgio Roberto Vieira – Dom Pedrito
M: Milton Fontoura – Dom Pedrito

6) CASEIRO Chamarra
L: Eduardo Muñoz – Pelotas
M: Ricardo Rosa – Piratini

7) LA MANDINGA Chamamé
L: Gustavo Brasil – Santa Maria
M: Juliano Javoski – São Jerônimo

LINHA LIVRE

CLASSIFICADOS

1) COMO LO SIENTO Canción
L/M: Frederico Viana - Pelotas

2) CÉU DE PURPURINA Samba
L: Vaine Darde – Capão da Canoa
M: Osmar Carvalho – Porto Alegre

3) A CANCELA DAS ALMAS Milonga
L/M: Volmir Coelho – Livramento

4) MI NUEVO ARRABAL Tango
L/M: Lyber Bermúdez – Pelotas

5) À LUZ DOS OLHOS Canção
L: Juca Moraes – Cruz Alta
M: Piero Ereno – Porto Alegre

6) OUTONO DOS SENTIDOS Xote
L: Jaime Vaz Brasil – Porto Alegre
M: Adriano Sperandir – Osório

7) NO MAR DOS TEUS OLHOS Canção
L: Rômulo Chaves – Palmeira das Missões
M: Nilton Júnior da Silveira – Santo Antônio da Patrulha

19º PÉROLA EM CANTO

LINHA LIVRE


CLASSIFICADOS

1) SONHO ESTRADEIRO Chamamé
L: Jean Roberto Barbosa / Cristiano Vieira
M: Cristiano Vieira

2) PÉGASO Valsa
L/M: Mauro Ubiratan Pereira da Rosa

3) PARA AQUENTAR MINH’ALMA Milonga
L: Luis Antônio Weber
M: Guerda Maria Kuhn

4) MILONGA, CORAÇÃO E SINA Milonga
L: Tiago Guilherme Iepsen
M: Elsa Kuhn Klumb e Guerda Maria Kuhn

5) TONS E SONS DA NOITE Milonga
L/M: Jorge Alberto Oliveira Xavier

LINHA CAMPEIRA

CLASSIFICADOS

1) DOMINGUEIRA Milonga Arrabaleira
L/M: Adão Quevedo

2) DE TENTO A TENTO Chamarra
L: Alexandre Pereira da Rosa
M: Ricardo Santos Rosa

3) AS JOIAS DE UM PINGO Milonga
L/M: Cristiano Vargas Thurow

4) VIVÊNCIA RURAL
L: Daniel Weymar Kaiser
M: Frederico Ribeiro Seus

5) QUANDO UM PEÃO SE DESGARRA Milonga Arrabaleira
L: Agenor de Mello Coelho
M: Fernando Aldeia dos Santos


Saquei estas informações do blog da Aline: www.osfestivais.blogspot.com


“Querem tirar o nosso petróleo, nossa liberdade, destruir a Líbia”

Kadafi conclama o povo a uma Marcha Sagrada em defesa da Nação:
“Querem tirar o nosso petróleo, nossa liberdade, destruir a Líbia”
CARLOS LOPES
Querem impor o colonialismo, quando 90% do petróleo ia para empresas americanas. Agora, 90% fica com o país e 10% para as empresas, alertou o líder líbio
Daquela fauna da Fox News até o Wall Street Journal, da CIA até o Pentágono, passando pela papagaiagem de Hillary Clinton – e da arraia miúda dos Ali Kamel & quejandos – os gorilas estão muito assanhados com os acontecimentos (sobretudo com os fabricados por eles mesmos) na Líbia.
“Dizem que eu ando na Venezuela... Deus! A primeira necessidade dessa gente é a mentira. Estou aqui, ao contrário do que afirmam as emissoras dos cachorros”, disse Muammar Kadafi na terça-feira, discursando nas edificações bombardeadas pelos EUA em 1986, quando assassinaram inclusive crianças – entre elas uma filha do líder líbio.
Realmente, a mídia já descambou para a galhofa: as vítimas vão de 50 pessoas até 10 mil. Viram Kadafi na Venezuela e um bombardeio em Trípoli que jamais aconteceu (ver as declarações do embaixador brasileiro nesta página). E até agora não apareceram as manifestações, exceto a favor da Revolução. O que conseguiram foi uma ou outra turba – uma das quais exibia um cartaz em inglês: “O petróleo para o Ocidente” (“Oil for The West”).
Kadafi tem muito mais credibilidade, por tudo que já fez (e por tudo o que esses falsários já fizeram): “Os que morreram eram policiais e soldados. Não usamos a força ainda, mas o poder do povo líbio a usará, se necessário. Se as coisas chegarem a esse ponto, a força será utilizada de acordo com o direito internacional, a Constituição e as leis”.
A questão é, exatamente, quem são os arruaceiros. Kadafi tem bastante experiência no assunto – e não somente a da Líbia:
“Querem que os EUA façam na Líbia o que fizeram no Afeganistão, na Somália, no Paquistão, no Iraque. Querem impor a nós o colonialismo, mas nosso país não será um novo Afeganistão. Sou um lutador das tendas, um revolucionário. Não é possível interromper a marcha da revolução com subornos a um punhado de ratos que saltam de rua em rua na escuridão. Quem são esses ratos? Quem lhes pagou o preço? A inteligência estrangeira”.
Evidentemente, a excitação dos reacionários dos EUA e seus epígonos não é uma surpresa. Primeiro, querem abafar as notícias sobre os regimes pró-americanos que estão indo pelos ares no Oriente Médio. Segundo, a Líbia possui uma das maiores reservas de petróleo do mundo. O problema é que “querem que os EUA venham em navios para nos atacar e tomar o nosso petróleo. Não queremos o retorno da época em que 90% do petróleo ia para empresas americanas e 10% ficava com o país. Agora, 90% fica com o país e apenas 10% vai para as empresas”.
A terceira e, do ponto de vista político, mais importante razão é o próprio Kadafi. Naturalmente, não é a primeira vez que tentam eliminá-lo, desde que o capitão Muammar Al-Kadafi, aos 27 anos, liderou a Revolução Líbia, acabando com o regime pró-EUA, um milk-shake de monarquia feudal, ditadura colonial e tirania corrupta.
As bandeiras desse regime pútrido que apareceram entre os desordeiros – mostradas orgulhosamente pela TV americana – deveriam fazer com que alguns tivessem mais cautela antes de apoiar uma tentativa de golpe das mais reacionárias. Como observou Kadafi, “querem fornecer uma imagem manchada da Líbia, dizendo: ‘Olhem para a Líbia. Ela quer a colonização, quer o retrocesso, ao invés da revolução’. Porque hoje a Líbia é conhecida por todos os povos da África, América Latina e Ásia como ‘a Líbia da Revolução’. A imagem distorcida é um insulto - e nós vamos reagir já, agora, sobre o nosso solo”.
É verdade que, nos últimos anos, Kadafi e a Revolução Líbia tiveram que fazer um recuo. A Líbia é um país pouco populoso (6,4 milhões de habitantes), com um território que é mais do que o dobro do maior país da Europa Ocidental – a França. Bloqueada e bombardeada brutalmente pelos norte-americanos, acusada várias vezes de ações que nunca foram provadas, ameaçada permanentemente de invasão – e numa situação em que a URSS deixou de existir, o Iraque estava bloqueado e depois ocupado, etc., etc. - a revolução teve de recuar. Mas isso não transformou o governo líbio em reacionário, da mesma forma que, ao entregar seu dinheiro em troca da sobrevivência, uma vítima de assalto não passa a ser cúmplice do assaltante.
Há países muito maiores, mais populosos, com muito mais recursos, que não sofreram nada disso, nem estavam ameaçados, e, no entanto, recuaram para “ajustes fiscais” e outras indignidades neoliberais - até quando podiam avançar, o que não era o caso da Líbia.
Porém, o mais cínico são os vagidos supostamente “democráticos” da mídia.
Desde quando os EUA podem dar lições de democracia a outro país? Desde que “democratizaram” o Iraque? Desde quando a democracia de fancaria dos EUA, onde até as eleições tornaram-se de difícil acesso ao povo, onde nem horário eleitoral gratuito existe, onde dois ou três bancos e monopólios mandam e desmandam, e onde se dá golpes de Estado via Corte Suprema, é modelo de democracia?
Todo país tem direito a ter a sua democracia. A da Líbia é mil vezes mais verdadeira do que a dos EUA. Aliás, é até algo exagerada, ao recorrer diretamente à população, sem a mediação de nenhum partido:
“Eu e os Oficiais Livres [que lideraram a Revolução] não temos qualquer cargo. Deixamos o poder ao povo líbio, aos Congressos do Povo e aos comitês populares, que são o povo líbio. Meus colegas e eu já não somos responsáveis por qualquer coisa, exceto pegar em armas para lutar pela Líbia. Nós deixamos ao povo o Estado e o dinheiro do petróleo. Eu apoio o poder do povo e exorto o povo líbio a formar, na base, cada vez mais órgãos de poder. Nós queremos que o povo líbio assuma todo o controle da Líbia. A revolução é a consciência popular, o trabalho de construção, o respeito ao Poder Popular, aos congressos e comitês populares. Por isso ela é uma Revolução Popular. Apenas insisto que o petróleo da Líbia deve ser do povo líbio”.
Kadafi descreveu os atos de vandalismo e desordem:
“Penso que devemos publicar todos os fatos sobre a Líbia, porque, no exterior, ao invés de transmitirem a verdade, recorre-se a canais sujos que querem recuperar o que perderam. Organizações da sociedade civil e conspiração com o exterior são coisas muito diferentes. Já se viu alguém decente envolvido nesse processo? Nunca.
“Aqui e ali um pequeno grupo, encharcado pela bebida que lhes deram, invadiu delegacias de polícia; como ratos, atacaram quartéis sem tropas – como não estamos em estado de guerra, elas estavam trabalhando em nossos armazéns e acampamentos. Estávamos em segurança e paz, e se aproveitaram dessa paz e segurança para atacar tribunais e queimar os processos de seus crimes, e os postos de polícia onde corriam os inquéritos. Esses bandos, essas gangues, não representam nada, nem a milionésima parte do povo líbio. Querem cortar a eletricidade, a água, e explodir os poços de petróleo. Querem destruir o que nós construímos – e como nos esforçamos para construí-lo!”.
Kadafi encerrou seu discurso conclamando o povo líbio a resistir à tentativa de golpe:
“Famílias, juntem seus filhos, deixem suas casas, saiam às ruas, capturem os ratos, não tenhais medo deles. Querem tirar nosso petróleo, destruir a liberdade, o poder do povo, a Líbia. Vamos, se preciso, fazer uma marcha sagrada de milhões para limpar a Líbia”.
Plano dos EUA é que a Otan ocupe a Líbia
FIDEL CASTRO
O petróleo se tornou uma riqueza primordial nas mãos das grandes transnacionais ianques; através dessa fonte de energia dispuseram de um instrumento que acrescentou consideravelmente seu poder político no mundo. Foi sua principal arma quando decidiram tentar liquidar a Revolução Cubana logo que foram promulgadas as primeiras leis justas e soberanas em nossa Pátria: privá-la de petróleo.
Sobre essa fonte de energia se desenvolveu a civilização atual. A Venezuela foi a nação deste hemisfério que maior preço pagou. Os Estados Unidos se tornaram donos das enormes jazidas com que a natureza dotou a esse país irmão.
Ao final da última Guerra Mundial começou a extrair das jazidas do Irã, bem como da Arábia Saudita, do Iraque e dos países árabes situados ao redor deles, maiores quantidades de petróleo. Eles passaram a ser os principais fornecedores. O consumo mundial se elevou progressivamente à fabulosa cifra de aproximadamente 80 milhões de barris diários, incluídos os que são extraídos no território dos Estados Unidos, aos que ulteriormente se adicionaram o gás, a energia hidráulica e a nuclear. Até inícios do século XX o carvão tinha sido a fonte fundamental de energia que fez possível o desenvolvimento industrial, antes que fossem produzidos milhares de milhões de automóveis e motores consumidores de combustível líquido.
A dilapidação do petróleo e do gás está ligada a uma das maiores tragédias, não resolvida em absoluto, que sofre a humanidade: a mudança climática.
Quando nossa Revolução surgiu, a Argélia, a Líbia e o Egito não eram ainda produtores de petróleo, e grande parte das grandes reservas da Arábia Saudita, do Iraque, do Irã e dos Emirados Árabes Unidos estavam por ser descobertas.
Em dezembro de 1951, a Líbia se transformou no primeiro país africano em atingir sua independência após a Segunda Guerra Mundial, em que seu território foi cenário de importantes combates entre tropas alemãs e do Reino Unido, que deram fama aos generais Erwin Rommel e Bernard L. Montgomery.
De seu território, 95% é totalmente desértico. A tecnologia permitiu descobrir importantes jazidas de petróleo leve de excelente qualidade das quais hoje são extraídos um milhão 800 mil barris diários, além de abundantes depósitos de gás natural. Tal riqueza lhe permitiu atingir uma perspectiva de vida que alcança quase os 75 anos, e a mais alta renda per capita da África. Seu rigoroso deserto está localizado sobre um enorme lago de água fóssil, equivalente a mais de três vezes a superfície de Cuba, o que tornou possível a construção de uma ampla rede de aquedutos que se estende por todo o país.
A Líbia, que tinha um milhão de habitantes quando atingiu sua independência, tem hoje mais de 6 milhões.
A Revolução Líbia aconteceu no mês de setembro do ano 1969. Seu principal dirigente foi Muammar Kadafi, militar de origem beduína, que em sua juventude mais precoce se inspirou nas idéias do líder egípcio Gamal Abdel Nasser. Sem dúvida que muitas de suas decisões estão ligadas às mudanças que se originaram quando, tal como no Egipto, uma monarquia fraca e corrupta foi derrocada na Líbia.
Os habitantes desse país têm milenares tradições guerreiras. Há quem diga que os antigos líbios fizeram parte do exército de Aníbal quando esteve a ponto de liquidar a Antiga Roma com a força que cruzou os Alpes.
Poder-se-á ou não concordar com o Kadafi. O mundo tem sido invadido com todo o tipo de notícias, empregando especialmente os meios maciços de informação. Haverá que esperar o tempo necessário para conhecer com rigor quanto há de verdade ou de mentira, ou uma mistura de fatos de todo o tipo que, no meio do caos, aconteceram na Líbia. O que para mim resulta absolutamente evidente é que ao Governo dos EUA não preocupa em absoluto a paz na Líbia, e não hesitará em dar à Otan a ordem de invadir esse rico país, talvez em questão de horas ou em muito breves dias.
Os que com pérfidas intenções inventaram a mentira de que Kadafi encaminhava-se para a Venezuela, assim como fizeram na tarde de domingo, 20, receberam hoje uma digna resposta do Ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, quando expressou textualmente que fazia “votos para que o povo líbio encontre, no exercício de sua soberania, uma solução pacífica a suas dificuldades, que preserve a integridade do povo e da nação Líbia, sem a ingerência do imperialismo…”
Por minha parte, não imagino o dirigente líbio abandonando o país, eludindo as responsabilidades que lhe são imputadas, sejam ou não falsas em parte ou em sua totalidade.
Uma pessoa honesta estará sempre contra qualquer injustiça que se cometa com qualquer povo do mundo, e a pior delas, neste instante, seria guardar silêncio perante o crime que a Otan se prepara para cometer contra o povo líbio.
À chefia dessa organização belicista urge fazê-lo. É preciso denunciá-la!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

CUT-RS considera positivo o reajuste do piso apresentado pelo governo do Estado

Faixas salariais terão reajuste de 11,6%. Valores variam de R$ 610 a R$ 663,40

Escrito por: CUt-RS


Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira, 23, o governador Tarso Genro apresentou a proposta de reajuste do piso regional de 11,6%. O presidente da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul, Celso Woyciechowski, considera a proposta positiva no sentido de que apresenta uma sinalização de retomada em busca da recuperação do piso regional, o que vem de acordo com a reivindicação feita pela CUT-RS e demais centrais sindicais.
Além disso, o governo propõe a criação de uma comissão para construir uma política de valorização permanente do piso regional, a fim de recuperar a enorme perda que teve desde a sua criação. Quando foi criado, em 2001, o piso equivalia a 1,28 salários mínimos nacional. Hoje, este valor representa apenas 1,07 salários mínimos, acumulando uma perda de 27,41%.
“É claro que estes 11% estão aquém da expectativa das trabalhadoras e trabalhadores gaúchos, mas já se inicia um processo de retomada de crescimento e valorização do piso regional, além de estancar a sua queda”, afirma Woyciechowski.
Veja a alteração dos valores das faixas salariais com o reajuste de 11,6%:
Faixa I – R$ 610,00
Faixa II – R$ 624,05
Faixa III – R$ 638,10
Faixa IV – R$ 663,40

CUT realiza encontro com a bancada do PT e apresenta propostas

Parlamentares reafirmam compromisso com a Central e prometem trabalho afinado nas disputas deste ano no Congresso

Escrito por:

Neste início de novo ano legislativo, a CUT está consolidando seus canais de diálogo com parlamentares. Ontem, em café da manhã, realizou um debate com deputados, deputadas e senadores e senadoras do Partido dos Trabalhadores, em Brasília.

O encontro durou aproximadamente três horas e, nele, a direção da CUT  expôs seus principais objetivos para 2011 e como acredita que a bancada do PT pode ajudar a consegui-los.

Da parte da bancada, todos os parlamentares que se pronunciaram ao microfone lembraram que a CUT é a maior central sindical do Brasil não apenas por ter o maior número de sindicatos e de trabalhadores sindicalizados, mas por ter um histórico de vocação democrática e caráter classista – na verdade, o número de sindicatos filiados é reflexo da manutenção dessa postura.
Paim, Artur, Quintino Severo, Antonio Lisboa e Janete Pietá
Paim, Artur, Quintino Severo, Antonio Lisboa e Janete Pietá

E todos também afirmaram que seus mandatos, embora com uma ou outra diferença de prioridades devido ao nicho de atuação de cada um, estão à disposição da CUT. Todas as bandeiras que os parlamentares destacaram em suas falas têm relação com as propostas da Central.

Ao abrir a etapa de debates do café da manhã, o presidente Artur Henrique elencou as principais disputas que a Central quer travar no Congresso neste ano: reforma tributária, reforma política, agenda do trabalho decente e, em suas palavras, “aquela que realmente vai fazer a diferenciação entre a CUT e as demais: fim do imposto sindical e criação da contribuição da negociação coletiva aprovada em assembleia. Em suma, a ratificação da Convenção 87 da OIT”.

Trabalho afinado

Os parlamentares presentes concordaram com reivindicação da CUT de que a bancada tem de trabalhar mais afinada com a Central para que as disputas futuras apresentem de maneira clara quais as posições cutistas. Por várias vezes, foi citado o fato de que há autonomia entre as entidades, porém em pontos de consenso é preciso que o PT vocalize as demandas trabalhistas que vêm das bases sindicais.

Salário mínimo

A recente votação do salário mínimo 2011 na Câmara e a votação que ocorreria ontem mesmo no Senado foi um dos assuntos abordados. O senador Paulo Paim afirmou que “a política de valorização do salário mínimo, arquitetada e consolidada por iniciativa e proposição da CUT, é a melhor política que já existiu para o piso salarial nacional. Saltamos de um mínimo equivalente a 70 dólares para os atuais 220 dólares”. Na tarde de ontem, Paim votou pela aprovação da política e pelos R$ 545.
Vicentinho defende política de valorização do mínimo
Vicentinho defende política de valorização do mínimo

O deputado federal Vicentinho, ex-presidente da CUT, lembrou da votação na semana passada na Câmara, quando recebeu apupos de delegações da Força Sindical que estavam nas galerias.

“Lembro que há oito anos o quanto apanhamos na votação do primeiro salário mínimo do governo Lula. Não caímos na demagogia porque pensávamos no longo prazo. Os que nos vaiaram foram os mesmos que nos vaiaram quando criamos a


CUT, quando criamos as câmaras setoriais do setor automotivo, quando apresentamos projeto para o fim do imposto sindical”, desabafou.

Visão do trabalhador

Ao falar sobre a necessidade de reforma política, a deputada Erica Kokay, ex-presidente da CUT-DF, disse que a Central “é quem pode levar a lógica do trabalhador para esse tema para acabar com a lógica conservadora que rege o sistema eleitoral e o funcionamento do Congresso”.

Ao fim do encontro, com bom humor, o deputado Pedro Eugênio destacou a importância do trabalho conjunto com a CUT. “Lembro uma vez que apresentei um bem elaborado projeto para redução da jornada, que estabelecia que a cada aumento de produtividade do país, a jornada de trabalho diminuiria, distribuindo assim os ganhos. Mas não falei com ninguém antes, não ouvi a CUT. Só depois eu percebi que o projeto não tinha viabilidade política nenhuma”, disse.
Pedro Eugênio: sem falar com a CUT, não dá
Pedro Eugênio: sem falar com a CUT, não dá

A CUT pretende realizar encontros com outras bancadas, com o mesmo objetivo de fortalecer sua ação no Congresso. Ontem compareceram 30 parlamentares – três deles senadores, cuja passagem foi rápida em função dos compromissos associados à votação do mínimo que ocorreria naquele dia.
As principais fotos do encontro serão publicadas em nossa galeria de imagens.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Coordenação dos Movimentos Sociais realiza 9ª plenária nacional sexta-feira em São Paulo

Evento acontece a partir das 9h30 na sede central da Apeoesp

Escrito por: Leonardo Severo

Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT e representante da Central na CMS
Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT e representante da Central na CMS
A Coordenação dos Movimentos Sociais realizará sua 9ª plenária nacional nesta sexta-feira (25) a partir das 9h30 na sede central da Apeoesp, na capital paulista.
Segundo Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT e representante da Central na CMS, a plenária cumpre o papel de potencializar as lutas populares, ao somar pluralidade e diversidade de visões de mundo que convergem para um objetivo único.
“A existência da CMS é extremamente frutífera, representando um amadurecimento coletivo das entidades sindicais, de trabalhadores rurais e urbanos, estudantis, comunitárias, femininas e da negritude que, sem abrir mão de seus projetos e concepções, se unem para pavimentar um caminho comum de defesa dos interesses do povo
brasileiro”, declarou Rosane.
Esta unidade na diversidade, enfatizou, é a maior riqueza da CMS, que tem cumprido um papel chave, seja no enfrentamento ao retrocesso neoliberal, como ocorreu recentemente durante o processo eleitoral, seja na defesa de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuição de renda e ampliação de direitos.
Para Rosane, o agravamento da crise econômica e financeira que tem como centro os países desenvolvidos vai exigir ações mais efetivas do Estado brasileiro, que deve ampliar os investimentos nas áreas sociais e fortalecer políticas públicas. “Nossa agenda é a que saiu vitoriosa das urnas: mais salário, mais empregos e mais direitos. Discordamos frontalmente do corte de recursos, da suspensão de concursos públicos, da elevação dos juros e do freio à expansão salarial, anunciados recentemente pela equipe econômica. Nosso compromisso é com a melhoria das condições de vida e trabalho dos brasileiros e brasileiras e isso se faz com um Estado indutor, que exerça protagonismo no combate às injustiças”, sublinhou.
A dirigente cutista lembrou que além da pauta nacional, o tema da solidariedade internacional também terá importante papel nos debates da plenária. Rosane frisou que no último Fórum Social Mundial, realizado em Dacar, capital do Senegal, de 6 a 11 de fevereiro, a assembleia dos movimentos sociais convocou já para o próximo 20 de março um dia mundial de luta contra a multiplicação das bases militares dos Estados Unidos, de solidariedade com o povo árabe e africano, e também de apoio à resistência palestina e saharauí.
Além da CUT, integram a Coordenação dos Movimentos Sociais as seguintes entidades: MST, CMP, UNE, UBES, ABI, CNBB/OS, Grito dos Excluídos, Marcha Mundial das Mulheres, UBM, Conem, Unegro, MTD, MTST, Contee, CNTE, Conam, UNMP, Ação Cidadania, Cebrapaz, Abraço, CGTB, Intervozes, CNQ, FUP, Sintap, ANPG, CTB, CMB e MNLN.

INSCRIÇÕES PARA O 4º CANTO MISSIONEIRO DA MÚSICA NATIVA

ATENÇÃO, COMPOSITORES MÚSICOS E INTÉRPRETES!!!
O prazo para inscrições ao 4º CANTO MISSIONEIRO DA MÚSICA NATIVA e ao 3º CANTO PIÁ MISSIONEIRO, festivais de Santo Ângelo, se esgota impreterivelmente no dia 04 DE MARÇO.
Não deixe pra última hora.  Envie já as suas inscrições para o email gentegaucha@gmail.com, anexando a Ficha de Inscrição totalmente preenchida, a letra da composição e o arquivo de áudio com a música cocorrente. 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Montadoras assaltam o País e remetem R$ 4 bi às matrizes

Professores da Unicamp denunciam vergonhosa exploração das riquezas nacionais

Escrito por: Agência Sindical

 
A remessa abusiva de lucros das multinacionais a seus países de origem é, por si só, a denúncia cabal do modelo colonial de economia ainda vigente. E esse verdadeiro muro da vergonha da exploração capitalista internacional, acabada a guerra fria e instaurada a globalização da economia, insiste em se manter em pé, perpetuando a espoliação.
Ilustra, objetivamente, esse quadro artigo assinado na revista CartaCapital, número 633, por Fernando Sarti e Célio Hiratuka, professores do Instituto de Economia da Unicamp. Um aspecto que vale a pena destacar, também, é a enxurrada de dinheiro público, do BNDES, a essas multinacionais. As remessas feitas ano passado equivalem a quase dez vezes os investimentos dessas filiais em nosso País.
Diz o texto:
“As remessas das filiais automotivas para os debilitados caixas de suas matrizes atingiram a expressiva soma de US$ 4 bilhões, em 2010, o que representou um valor quase dez vezes maior do que os investimentos externos realizados por essas filiais no mesmo período (450 milhões de dólares). Repete-se, assim, o movimento já observado durante e após a crise. Se considerarmos o período 2008-2010, as remessas de lucros e dividendos das empresas automotivas totalizaram
US$ 12,4 bilhões ante investimentos externos de apenas US$ 3,6 bilhões, o que significa um saldo líquido negativo de US$ 8,8 bilhões, em que pese o excelente desempenho das vendas e da produção na economia brasileira”.
Dizem mais os professores da Unicamp:
“Ao mesmo tempo que as remessas ao exterior se elevaram, as empresas do setor automotivo tomaram financiamentos de US$ 8,7 bilhões (aproximadamente, R$ 16,3 bilhões) ao BNDES, no período 2008-2010. Por outro lado, a média anual de investimentos produtivos foi da ordem de US$ 2 bilhões para as montadoras e de US$ 1,3 bilhões para as autopeças nos últimos anos. Isso significa que quase a totalidade dos recursos necessários para financiar seus investimentos saiu dos cofres públicos, enquanto parcela expressiva dos lucros foi transferida para as matrizes”.
Os autores do artigo também chamam atenção para a falta de contrapartidas quando dos generosos financiamentos pelo BNDES. Mas a farra do dinheiro fácil e da renúncia fiscal é faca de dois gumes, alertam os professores, que concluem: “Sem mais e melhores investimentos, o País e o próprio setor automotivo correm sério risco de perder competitividade e reduzir quantitativa e qualitativamente sua inserção na rede corporativa global”.
Mais informações:

domingo, 20 de fevereiro de 2011

RESULTADO DO 3º LEVANTE DA CANÇÃO DE CAPÃO DO LEÃO

Peguei o resultado no blog da Aline - www.osfestivais.blogspot.com

1º Lugar
Corazón de Cantor
Letra: Xiru Antunes e Martim Cesar
Música: Paulo Timm
Intérpretes: Robledo Martins e Maria Conceição
Pelotas e Jaguarão 

2º Lugar
Sina das Almas
Letra: Caine Teixeira Garcia
Música Zulmar Benitez
Intérprete - Marcelo Oliveira
Bagé


3º Lugar
Quando Saio a Campear China
Letra: José Dias Motta
Música: José Dias Motta e Tiago Oliveira
Intérprete - Tiago Oliveira 
Encruzilhada do Sul

Melhor Letra
Mundo e Campo
Letra: Gujo Teixeira 

Melhor Arranjo
Pequenas Coplas de Quem Andeja
Letra - Xirú Antunes
Música - Élon Péricles
Intérprete - Roberto Luçardo

Melhor Instrumenstista
Ricardo Comasseto


Melhor Intérprete
Tiago Oliveira

Musica Mais Popular
As Mãos de Antonio
Letra: Éder Rosa
Música: Daniel Xavier


Melhor Tema Campeiro
Seguindo a Volta do Tento
Letra: Fabrício Marques e Fábio Maciel
Música: André Teixeira e Migué Vieira
Intérprete - Fabrício Marques
Pelotas e São Gabriel

Melhor Tema Sobre a Pedra
As Mãos de Antonio
Letra: Éder Rosa
Música: Daniel Xavier

sábado, 19 de fevereiro de 2011

CUT diz que Força foi ingênua ao acreditar que PSDB e DEM iriam ajudar na luta pelo salário mínimo

Leia reportagem publicada pelo jornal O Globo

Escrito por: Leila Suwwan, d'O Globo

SÃO PAULO - Além de derrubar a reivindicação de dar aumento real para o salário mínimo 2011, o governo conseguiu criar um racha no grupo, que se uniu pela primeira vez no ano passado para ajudar a eleger a presidente Dilma Rousseff.
Sem espaço para negociação ou acordo, cada entidade buscou saídas diferentes e acabaram entrando em conflito: a CUT adotou um discurso de "vitória parcial" e criticou a Força Sindical, que tentou, sem sucesso, um acordo com a oposição. Para o deputado Paulo Pereira (PDT-SP), o Paulinho da Força, o PSDB e o DEM traíram os sindicalistas e fizeram um acordo tácito com o governo. Para a CGTB, o "namoro" com o governo está desgastado.
" Foi uma derrota para os trabalhadores e para os mais pobres "
- Não dá para chamar de vitória parcial. Foi uma derrota para os trabalhadores e para os mais pobres. Sabíamos que seria difícil, mas ainda tivemos um problema no final. Achamos que o DEM e PSDB fizeram um acordo com o governo para tirar minha emenda ou a emenda do PV, porque teria chance de ter bastante voto - disse Paulinho da Força, lembrando que sua proposta de reajuste para R$ 560 incorporava um "adiantamento" de R$ 15 do reajuste de 2012.
Para ele, a CUT adotou uma linha "estranha" e "destoante" do acordo feito entre as centrais, de tentar um acordo pelos R$ 560, e não os R$ 580 reivindicados inicialmente.
- Fomos coerentes. A CUT defendeu os R$ 580 até o fim. Nossa estratégia era aceitar os R$ 560 desde que houvesse sinalização do governo ou da base aliada. Mas o Paulinho topou sem sinalização nenhuma. Foi ingenuidade. Acreditar que DEM e PSDB iriam entrar na nossa luta? O que isso! - disse Artur Henrique, presidente da CUT.
Ele afirmou que buscou o PT e o PMDB para tentar emplacar o acordo, sem sucesso. Artur Henrique disse que decidiu ir embora do plenário quando considerou que votação virou um "teatro da demagogia".
- Foi um troço absolutamente teatral. O PSDB e o DEM fazendo discurso de defesa do salário mínimo? E ainda por cima iam ficar xingando? Fui embora. Eu pergunto: por que o PSDB não defendeu em São Paulo um aumento do piso regional equivalente a esses R$ 600 que ficaram martelando? - desabafou Artur Henrique.
Segundo ele, o aumento do mínimo de R$ 510 para os R$ 600 propostos pela oposição (17%) seria equivalente a um aumento de R$ 560 para R$ 655 no piso paulista. O aumento regional de 2011 foi para R$ 600.
O presidente da CGTB, Antonio Neto, também falou em "vitória parcial".
- Não conseguimos o reajuste real para 2011. Mas a política de valorização foi aprovada para até 2015. Nem o Lula conseguiu isso - disse Neto. - Estávamos em um namoro muito bonito, mas teve um desgaste. Vamos ver se conseguimos reatar. Não podemos também crucificar por causa de um mês e meio de gestão. Mas se ela desviar o rumo, vamos ter que tomar atitudes. Nós temos lado.
Paulinho da Força, que é PDT, disse que agora é um momento de reavaliação das relações políticas. Seu partido é da base e foi o que mais "traiu" na votação dos destaques.
- A Força tem gente dos dois lados, situação e oposição. Eu assumi a campanha da Dilma para valer, não porque Serra é adversário, mas porque ele é inimigo. Mas, como não tem diálogo com a Dilma, não temos mais lado - disse Paulinho.
Antonio Neto, da CGTB, deixou claro que, em disputas no Congresso, valerá acordos com a oposição porque "voto é voto":
- Não tem cor, sexo nem gênero.
A CUT, mais simpática ao governo, afirma que a correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5% ao ano é aceitável, desde que ocorra uma revisão se a inflação for superior ao centro da meta no final do período - a reivindicação original é de 6,47%, que foi o índice acumulado de 2010. Também está de acordo com uma política específica para os aposentados, que leve em conta o custo de vida específico do setor.
Questionado sobre como a central irá se comportar, Artur disse que as críticas continuarão:
- É a mesma política econômica do Lula. Vamos continuar criticando como criticamos os aumentos da taxa de juros. Só não venham comparar, como fez o Mantega, com os arrochos de 2003 e 2004 porque não é possível comparar as "heranças" do FH com as do Lula.

PSDB e PPS querem acabar com a política de valorização do salário mínimo

Os dois partidos, que na quarta-feira se faziam de amigos do trabalhador, vão ao Supremo para acabar com a conquista do movimento sindical. CUT promete combater a iniciativa

Escrito por: CUT Nacional

Deu nos jornais de hoje o que a página da internet da CartaCapital já havia antecipado ontem. O PSDB e o PPS prometem entrar no Supremo Tribunal Federal para derrubar a política de valorização do salário mínimo.

Leia a reportagem da Carta Capital clicando aqui.

A CUT promete combater a iniciativa dos dois partidos.
"Isso é vergonhoso. É uma tentativa de desqualificar o papel negociador das centrais. Essa oposição quer acabar com o maior acordo salarial da história", comentou o presidente da CUT, Artur Henrique

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

2º Seminário Internacional o Mundo dos Trabalhadores e seus Arquivos

Escrito por CUT NACIONAL   

O encontro visa realizar debates sobre os documentos reunidos pelos arquivos operários, rurais, sindicais e populares

Entre 30, 31 de março e 1º abril acontece no Rio de Janeiro o 2º Seminário Internacional o Mundo dos Trabalhadores e seus Arquivos. Clique aqui para fazer sua inscrição.
O encontro visa realizar debates sobre os documentos reunidos pelos arquivos operários, rurais, sindicais e populares, bem como sobre as particularidades que envolvem o tratamento desses acervos, constituindo-se em um fórum privilegiado para a transferência de informações e o incentivo à recuperação e à preservação dos arquivos dos trabalhadores e suas organizações.

O evento contará com a participação de conferencistas e especialistas nacionais e internacionais que debaterão, a partir de diversas perspectivas disciplinares, temas de interesse no âmbito dos arquivos dos trabalhadores da cidade e do campo. Esses arquivos têm relevância por também preservarem documentos de grande importância para o conhecimento das formas de resistência ao regime militar brasileiro e para o processo de redemocratização e construção da história recente do país.
Público: Profissionais com atuação nos âmbitos dos arquivos e centros de documentação operários, rurais, sindicais e dos movimentos sociais. Dirigentes e militantes sindicais e populares. Profissionais de arquivos públicos e privados que mantêm sob sua guarda acervos de organizações dos trabalhadores da cidade e do campo. Arquivistas, historiadores, cientistas políticos e sociais, documentalistas, bibliotecários e estudantes interessados na temática.
Clique aqui para conhecer a programação.
Serviço
2º Seminário Internacional o Mundo dos Trabalhadores e seus Arquivos – Memória e Resistência
Período: 30 e 31 de março e 1º de abril de 2011
Local: Arquivo Nacional – Praça da República, 173 - Rio de Janeiro – RJ
COMUNICAÇÕES
Também estão abertas, até o dia 28 de fevereiro, as inscrições para apresentação de comunicações. Clique aqui para ler as normas.
MINICURSOS
Para participar dos minicursos é necessário acessar a ficha de inscrições. Clique aqui para ler.
 1 – Introdução a organização de centros de documentação e memória
 2 – Identificação de tipologias documentais em acervos dos trabalhadores
São 50 vagas por minicursos e deverá ser feita uma pré-inscrição. Após a confirmação da inscrição, que será feita por e-mail, deverá ser paga uma taxa de R$ 20,00 por minicurso.
Mostra de filmes: Documentários sobre os trabalhadores e a resistência
Taxa de Inscrição: 25/01 a 28/02/ 2011: R$ 50,00
01/03 a 25/03 2011: R$ 70,00  
As informações para pagamento constam na ficha de inscrição
Promoção: Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Arquivo Nacional do Brasil
Comissão Organizadora:
•           Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro da Universidade Federal do Rio de Janeiro
•           Centro de Documentação e Memória Sindical da CUT
•           Centro de Documentação e Memória da Universidade Estadual Paulista
•           Memorial da Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul
•           Centro de Referências das Lutas Políticas no Brasil (1964 - 1985) - Memórias Reveladas
•           Núcleo de Documentação dos Movimentos Sociais da Universidade Federal de Pernambuco
•           Núcleo de Pesquisa, Documentação e Referências sobre Movimentos Sociais e Políticas Públicas no Campo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Informações: Centro de Documentação e Memória Sindical da CUT
Telefones: (11) 2108-9213 e 2108-9247
E-mail: cedoc@cut.org.br

CNQ participa de ato internacional em desagravo ao governo mexicano


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CNQ marca presença em ato internacional e mostra solidariedade aos trabalhadores mexicanos; na foto, da direita para a esquerda, Fábio Lins, da Secretaria de Relações Internacionais, da CNQ, Lucineide Dantas, Secretaria de Políticas Sindicais da CNQ e Edson Passoni, do Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo (Foto: Pedro Ribeiro Nogueira) 

Milhares de trabalhadores em mais de 150 países se juntaram neste dia 15 de fevereiro em nome da memória do movimento dos trabalhadores. A causa: lembrar os mineiros mexicanos mortos em 2006, em uma mina em Pasta de Conchos, e cujo caso até hoje não teve desfecho. No Brasil, o ato aconteceu em São Paulo, no bairro dos Jardins, em frente ao consulado mexicano.
O ato teve a participação da CNQ, além da CUT, UGT e outras centrais sindicais nacionais e internacionais, como a CSA (Confederación Sindicalde Trabajadores/as de las Americas) e a CSI (Conferência Sindical Internacional).
Ao fim, uma carta foi entregue ao cônsul com uma lista de reivindicações que pede a responsabilização da empresa e do governo pelas mortes, o fim da violação da liberdade sindical, o fim do uso da força repressora do estado contra trabalhadores/as e o fim da campanha de perseguição política levada à cabo pelo governo contra os sindicatos dos mineiros e trabalhadores de energia elétrica.
Ao contrário dos mineiros chilenos, que foram resgatados em meio à um circo midiático, os mineiros mexicanos sofrem com o descaso e a negligência. Após 5 dias de buscas, em 2006, foram canceladas as investigações e até hoje 63 corpos permanecem embaixo da terra. As investigações para apurar os culpados, nunca caminharam. O governo mexicano, de Felipe Calderón, em conluio com as grandes empresas mineradoras, tenta abafar o caso e persegue todos que se levantam contra seu mando, contra o esquecimento.
Sebastião Cardoso, Secretario Geral da CUT em São Paulo, ressaltou a importância deste ato. “Estamos aqui como forma de protesto e desagravo. Não é possível que o sindicato dos mineiros sofra perseguição enquanto a empresa sem indenizar as famílias, que foram deixadas ao relento. Estamos aqui, assim como companheiros por todo o mundo, para lembrar”, disse.
A CNQ divulga, também, um posicionamento sobre o episódio. Confira abaixo:
O Ramo Químico da CUT manifesta solidariedade aos trabalhadores/as mexicanos que sofrem com o descaso das autoridades mexicanas. Os trabalhadores/as brasileiros e mexicanos, como os demais trabalhadores da América Latina tem muitos problemas em comum: lhes falta Trabalho Decente, arriscam a saúde e a vida, recebem salários baixos, sofrem com a ausência de respeito aos Direitos Fundamentais do Trabalho, e, em especial ao direito à liberdade sindical.
Graças à luta e pressão dos trabalhadores em todo o mundo, o movimento sindical tem hoje vários instrumentos internacionais para cobrar os governos e as empresas, em especial as multinacionais, que mudam a sua conduta de acordo com as realidades nacionais.
Se hoje no Brasil lutamos pela redução da jornada para 40hs semanais, somos solidários à luta dos trabalhadores mexicanos que ainda hoje trabalham 48 horas semanais - sem contar as horas extras.
Um Estado Democrático de Direito tem que criar empregos decentes; ampliar a proteção social e garantir o direito à negociação coletiva para superar os conflitos da relação capital e trabalho, através do Diálogo Social. Portanto, chamamos a atenção das autoridades mexicanas e da sociedade para que os problemas da classe trabalhadora. O descaso com a saúde e segurança no trabalho, em especial nas minas, não pode continuar. É necessário que a garantia condições de segurança seja uma prioridade, já que se trata da integridade física e mental dos trabalhadores em atividade. Queremos respeito à vida!
Um Estado que dá as costas ao seu povo, aos trabalhadores que produzem sua riqueza não tem compromisso com as Metas e Objetivos do Milênio. É o mesmo Estado que abre as mãos para os empresários e para os banqueiros e as fecha para seu povo e se recusa a distribuir renda! Fecha os olhos e se recusa a investigar as causas da explosão na Mina de Pasta de Conchos, onde morreram 65 mineiros no dia 19 de fevereiro de 2006.
Portanto, exigimos uma investigação independente e transparente na qual os responsáveis e os negligentes possam ser responsabilizados e, acima de tudo, que sejam tomadas as devidas providencias para garantir a segurança dos trabalhadores mineiros.
Viva a luta da classe trabalhadora!
Viva a solidariedade entre os povos!
Viva a solidariedade sindical!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

TV Globo esconde sujeira no ninho tucano


O Portal R7 foi o primeiro a retomar as denúncias de corrupção envolvendo as multinacionais Alstom e Siemens e os governos de São Paulo e do Distrito Federal. Na sequência, a TV Record, pertencente ao mesmo grupo, amplificou o escândalo no seu principal telejornal.

Por Altamiro Borges


Outros veículos também repercutiram o caso. Já a TV Globo até agora não abriu o bico – será de tucano? Será que as denúncias não são importantes ou a famiglia Marinho continua com a sua linha editorial de esconder as sujeiras demotucanas?

Segundo o Portal R7, o caso é dos mais escabrosos – justificando a cobertura jornalística de qualquer veículo minimamente ético e imparcial. A reportagem encontrou agora uma testemunha-chave, que detalhou as maracutaias das multinacionais para vencer licitações das obras do Metrô paulistano, da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM) e do Metrô de Brasília, ainda no governo do demo José Roberto Arruda. Ele garante que tudo foi feito irregularmente, mediante pagamento de propinas.

Reuniões em casas noturnas de São Paulo

A testemunha F, conforme relato do R7, acompanhou de perto as negociatas e denuncia que houve superfaturamento de 30% no contrato com a Siemens, em São Paulo. A multinacional alemã repassava a grana à empresa MGE Transportes, responsável pela manutenção de dez trens. O repasse destinava-se exclusivamente ao pagamento de propina. Na realidade, não havia a prestação dos serviços previstos, que constavam apenas como fachada para viabilizar contabilmente os pagamentos, acusa a fonte.

Já no que se refere ao contrato da linha 5 do Metrô de São Paulo, a testemunha afirma que a Alstom influenciou “decisivamente” o edital de licitação para obter vantagens sobre os concorrentes e garantir o controle sobre o processo. “As reuniões para tratar de assuntos que não poderiam constar em atas eram feitas em casas noturnas como o Bahamas”, denuncia. Nos documentos sob investigação, ele aponta os nomes de diretores de áreas comerciais, de engenharia e de obras que comandariam as operações.

Bilhões para subornar “autoridades”

“Um desses diretores ficou encarregado de guardar a sete chaves o documento que estabelecia as regras do jogo. Isto é, o documento que estabelecia o objeto de fornecimento e os preços a serem praticados por cada empresa na licitação. A Alstom, naturalmente, ficou com a maior e a melhor parte do contrato. A Procint e a Constech devolviam parte da comissão para a diretoria da Alstom”, afirma a testemunha ao Portal R7.

Todas as denúncias já foram encaminhadas, com farta documentação, ao Ministério Público de São Paulo. O caso das propinas pagas pelas duas multinacionais também está sendo investigado na Europa. Alstom e Siemens são acusadas de subornar políticos da Europa, África, Ásia e América do Sul. Somente a Siemens desembolsou US$ 2 bilhões em corrupção na fase recente, conforme denúncia de um tribunal de Munique. Reinhard Siekaczek, ex-diretor da empresa, garante que esquema envolveu o Brasil.

Demos e tucanos com insônia

No caso da Alstom, a Justiça da Suíça calcula que ao menos US$ 430 milhões foram utilizados no suborno de políticos, inclusive do Brasil – aonde é acusada de pagar US$ 6,8 milhões em propina para receber um contrato de US$ 45 milhões do Metrô de São Paulo. A forte suspeita de que a maior parte desta grana foi utilizada nas campanhas eleitorais de candidatos do PSDB e do DEM – o que tem deixado os demos e os tucanos com insônia
 

Trabalhadores protestam em Santa Cruz do Sul-RS contra a privatização da água

Manifestação aconteceu em frente à sede da Prefeitura

Escrito por: Daiani Cerezer

 
 
Desde às 8h 30min da manhã de terça-feira (15), inúmeros trabalhadores protestaram contra a privatização da água em Santa Cruz do Sul, em frente à prefeitura do município. O ato público, convocado pela CUT-RS, encerrou no início da tarde e aconteceu durante a abertura dos envelopes da licitação do saneamento.
CUT-RS comandou ato de protesto contra privatização da águaEsse foi mais um, de uma série de atos que demonstram a insatisfação com o edital lançado pela prefeita Kelly Moraes (PTB) e a preocupação da comunidade com a iniciativa de entregar para uma empresa privada um bem público.
Os manifestantes se concentraram em frente à prefeitura até o meio da manhã quando entraram no Parque da Oktoberfest. Logo no início do ato o secretário geral do Sindiagua da região, Leandro Almeida, relatou como se deu a abertura dos envelopes.
Das quatro empresas, uma não compareceu, a Foz do Brasil do setor de infraestrutura, transportes, mineração e saneamento da Odebrecht. As outras três empresas: Equipavi, Queiroz Galvão e a própria Corsan apresentaram os documentos e seguem na disputa.
“O Rio Grande do Sul é o único estado do país que não tem nenhum serviço de água privatizado, não queremos que Santa Cruz abra esse precedente. Além disso, o custo para a população irá aumentar e a qualidade do serviço, não”, declarou Almeida.
Após, o engenheiro da Corsan, Homero Pinto Finamor, explicou aos manifestantes o posicionamento da Corsan frente à licitação, falou do funcionamento das próximas etapas e salientou que foram apontados inúmeros equívocos no edital.
“Apontamos vários erros e a prefeitura não considerou. Nós vamos continuar brigando por tudo que consideramos errado”, defendeu o engenheiro.
A presidente do CPERS e vice presidente da CUT-RS, Rejane Oliveira, ressaltou a importância da união dos movimentos sociais no ato de hoje. “Nossa unidade é um exemplo para todos os municípios do Estado, pois essa é uma luta contra o projeto neoliberal. Combater a privatização de um bem público é combater o neoliberalismo,” disse.
O presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski, defendeu a continuidade dos atos contra a iniciativa do município: “vamos continuar fortemente mobilizados e lutando para receber um serviço de água público e de qualidade, como é de nosso direito.”
O dirigente sugeriu que seja realizada uma audiência com o governador Tarso Genro. “O governo tem de responsabilidade nisso porque se trata de um bem público e de fundamental importância para a vida. Vamos continuar pressionando para que o serviço de saneamento de Santa Cruz não seja entregue para a iniciativa privada”, finalizou Woyciechowski.
A partir de agora a comissão de licitação não tem um prazo definido para a avaliação dos projetos apresentados, no entanto, as empresas têm até cinco dias úteis após o parecer, para recorrerem.
Até agora já foram recolhidas mais de seis mil assinaturas no abaixo assinado organizado pelo Comitê em Defesa da Água Pública.
Mídia
Durante a semana, a CUT-RS publicou notas nos jornais da cidade e concedeu entrevistas para os meios de comunicação de Santa Cruz e região, apesar da forte resistência da mídia de debater esse assunto.
Hoje, o presidente da entidade participou de entrevistas nas rádios locais: Santa Cruz e Gazeta, na qual não foi possível abordar o assunto da privatização, a pauta ficou restrita ao salário mínimo e ao reajuste do piso regional.
Manifestação artística
Há semanas que os trabalhadores que lutam contra a privatização da água, são embalados por uma bela canção. A música “Eu quero água”, foi composta pela estudante Jerusa Bittencourt.
A jovem, militante do movimento estudantil, disse que não foi difícil compor a música, pois já tinha conhecimento do debate. Jerusa acredita que essa intervenção artística deu outro caráter para a mobilização, pois despertou o interesse da comunidade.
Jerusa canta com sua irmã, Josiane, e já tem um CD gravado. No ato, ela falou representando o DCE da UNISC e colocou o movimento estudantil a disposição para lutar pela água como um bem público.
Inúmeros representantes do movimento social, sindical e estudantil, de diversas regiões do Estado, participaram da manifestação.

Central debate educação e Sistema S com Fernando Haddad

Dirigentes se reúnem com ministro da Educação em Brasília

Escrito por: CUT Nacional

Lideranças da CUT estiveram reunidas ontem, dia 15, com o ministro da Educação, Fernando Haddad, em Brasília.

Os dirigentes entregaram ao ministro as propostas da CUT para o setor e reafirmaram a convicção de que, para a Central, a educação é um dos pilares de um projeto de desenvolvimento com inclusão social.

A qualificação dos trabalhadores foi outro item da pauta. A CUT quer debater com o Ministério qual é e qual deve ser o papel do sistema S (Senai, Senac e Sesi).

Fernando Haddad garantiu que sua gestão terá interlocução permanente com a CUT.

Representaram a Central na audiência seu presidente, Artur Henrique, o secretário de Relações Internacionais, João Felício, o coordenador do Escritório de Brasília, Antonio Lisboa, a secretária nacional da Juventude, Rosana Sousa, e José Celestino Lourenço, o Tino, secretário nacional de Formação.
Encontro de trabalho também vai acontecer com outros ministros
Encontro de trabalho também vai acontecer com outros ministros

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Paulo Bernardo reafirma que regulação da Comunicação vai ocorrer, mas sem correria

Durante debate no Sindicato dos Bancários de SP, ministro indica que quer banda larga no programa de metas de universalização

Escrito por: João Peres, Rede Brasil Atual

 
Juvândia Moreira Leite, presidente do SIndicato dos Bancários de SP, e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, durante debate terça-feira à noitePaulo Bernardo lembrou que a chegada de fibra óptica a Manaus, na última semana, já provocou forte redução nos preços
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reafirmou nesta terça-feira (15) que é preciso tratar com muito cuidado a discussão sobre o marco regulatório do setor. A regulação, que pode impor restrições à existência de oligopólios, é aguardada com grande ansiedade por setores da sociedade civil que lutam pela democratização da comunicação.
Nascido por iniciativa do ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Franklin Martins, o anteprojeto foi transferido no início do governo Dilma Rousseff ao Ministério das Comunicações. Durante twitcam realizada no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Bernardo afirmou que grupos dentro da pasta estão analisando cada ponto do texto encaminhado por Martins, que depois serão compartilhados com a própria Secom e com o Ministério da Cultura antes de um debate que envolva todo o governo.
Depois disso, a expectativa é submeter o projeto a uma audiência pública para então enviá-lo ao Congresso. “O tema tem que ter muita ressonância na sociedade sob pena de o projeto ir pra gaveta. Você fala que quer regular a mídia e já vem gente falando que queremos censurar, amordaçar. Temos de ser muito tranquilos e muito firmes nisso”, ponderou o ministro, que durante duas horas respondeu a perguntas apresentadas pela plateia e por internautas.
A maior parte das questões encaminhadas pelos presentes ao auditório dizia respeito à regulação da comunicação, embora o tema inicial do debate fosse o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Bernardo afirmou que vai haver debate, mas pensa que é preciso refinar profundamente cada um dos pontos antes de se avançar para a fase da ação política. O ministro voltou a dizer que está bem encaminhada a possibilidade de criar uma agência específica para tratar do conteúdo da veiculado pelas empresas de radiodifusão, desvinculada da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Ele prometeu estudar ainda mecanismos para tornar mais clara a proibição de que deputados e senadores possuam concessões de rádio e TV. Para Bernardo, o veto previsto na Constituição precisa ser estendido a políticos como um todo, independentemente do cargo que ocupam.
Questionado sobre as críticas que sofre do jornalista Paulo Henrique Amorim, que frequentemente tem apontado que a discussão sobre a regulação das comunicações será engavetada, Bernardo ironizou afirmando que um bom repórter deve se basear no que dizem as fontes. “Ele se precipitou. Começou a bater antes de conversar com a gente, o que é indício de que se guiou por matérias de jornal, e matérias erradas de jornal.”
Banda larga
O ministro reafirmou também a ideia de que a banda larga seja incluída na revisão do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU), atualmente negociado entre governo e empresas de telecomunicações. Até o começo de maio serão apresentados os novos objetivos a serem cumpridos pelo setor privado no que diz respeito a telefonia e, agora, a internet.
As teles resistem à inclusão de banda larga no PGMU, argumentando que isso não está previsto nos contratos de concessão firmados na década de 1990. O governo discorda, usando como argumento o fato de que o serviço de internet é, inclusive, oferecido em conjunto com o de telefone. “Esse é um serviço que compartilha a mesma infraestrutura, então queremos discutir também a banda larga”, aponta o ministro, que quer também discutir a distribuição de telefones públicos, os orelhões, pelas cidades do país.
A respeito do Plano Nacional de Banda Larga, o governo mantém a projeção de chegar a um piso de R$ 30 nas conexões de 512 kbps. Para isso, será preciso fechar acordo com os governos estaduais para que se corte o Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) específicamente sobre o fornecimento de internet de alta velocidade. “Agora, não tem de baixar o ICMS enquanto não fizer negociação e a empresa precisa baixar o preço. Vamos fechar como pacote: traz o preço para baixo e a gente propicia determinadas condições.”
Bernardo indica que, atualmente, 34% dos municípios brasileiros estão conectados à internet. Ele acredita que, com a redução do preço, será possível ampliar rapidamente o acesso e, dentro de alguns anos, criar metas para a universalização do serviço.

INDICAÇÕES AO PRÊMIO AÇORIANOS DE MÚSICA



Recebi agora pouco a informação, que já havia sido publicada pelo portal do Correio do Povo ontem a noite, sobre as indicações ao Premio Açorianos desse ano.  E foi com muita alegria que encontrei entre os indicados na categoria compositor regional o meu amigo Chico Luiz pelo seu  disco As Milongas do Chico y otras cositas mas. Trabalho que eu acompanhei  a sua formatação desde a escolha do repertório, elaboração da arte gráfica e definição dos interpretes que participariam do disco. Quando do lançamento do trabalho que teve a produção musical do competentíssimo, musico, arranjador, compositor Luis Carlos Ranof (Ithi), que o resultado estava tão bom que certamente estaria na lista de indicados ao Açorianos, por isso a grande alegria e satisfação em receber a noticia eu inclusive em comentário aqui no blog, quando noticiei o lançamento do CD, disse que era com certeza um dos melhores trabalhos do ano de 2010 em termos de musica regional. Mas minha felicidade é ampliada quando ao ligar meu computador para fazer esse registro no blog encontrei o e-mail da Juliana Spanevelo,  comunicando a indicação do CD Pampa e Flor nas modalidades “INTÉRPRETE” e “DISCO” e olhando a lista ainda encontrei o Martin Cezar Gonçalves como melhor COMPOSITOR e o Marco Aurelio Vasconcelos como INTERPRETE  pelo disco  "Da Mesma Raiz". Ainda a Shana Müller como melhor INTERPRETE pelo Cd Brinco de Princesa. Parabéns ao querido amico Chico pela indicação que é certamente o coroamento pela forma competente e séria como trabalhou o seu CD autoral, parabéns também a Shana, cantora que eu admiro muito, a Juliana sempre muito simpatica e atenciosa e garande interprete da nossa musica regional, ao Martim Cezar que eu considero um dos grandes poetas da atualidade e ao querido amigo Marco Aurelio Vasconcelos grande cantor.
Abaixo reproduzo a lista dos indicados na categoria musica regional, a listagem completa esta no endereço: 

Compositor

Érlon Péricles por "Brinco de Princesa" de Shana Muller
 
Francisco Luiz por "As Milongas do Chico Y Otras Cositas Más...!"
Gujo Teixeira por "Gauchada"

Martin César por "Da Mesma Raiz" de Marco Aurélio Vasconcellos

Robison Boeira por "Alma Chamamecera"



Intérprete

Ernesto Fagundes por "Origens"

Juliana Spanevello por "Pampa e Flor"

Marco Aurélio Vasconcellos por "Da Mesma Raiz"

Pedro Ortaça por "De Igual pra Igual"

Shana Muller por "Brinco de Princesa"


Instrumentista
Carlitos Magallanes por "Da Mesma Raiz" de Marco Aurélio Vasconcellos
Edilberto Bérgamo por "Cantiga Para O Meu Chão" de César oliveira e Rogério Melo
Gabriel Ortaça por "Herança Missioneira"

Paulinho Fagundes por "Origens" de Ernesto Fagundes
Robison Boeira por "Alma Chamamecera"


Disco

"Brinco de Princesa" de Shana Muller
"Da Mesma Raiz" de Marco Aurélio Vasconcellos

"Gauchada" de Gujo Teixeira
"Pampa e Flor" de Juliana Spanevello

"Pé no Estribo" de Cristiano Quevedo