No Fórum Social Mundial, Adi e João Felício contataram representações do continente
Escrito por: Leonardo Severo, de Dakar-Senegal
Adi dos Santos Lima (CUT-SP);, Estevão (Guiné Bissau) e João Felício (CUT Nacional)
“Vejo este Primeiro de Maio como uma fotografia da nossa identidade brasileira com a África.
Apesar de termos características próprias, nossa relação
cultural e social precisa caminhar na mesma direção”,
declarou o presidente estadual da CUT-SP e líder
metalúrgico Adi dos Santos Lima, sublinhando a importância
da iniciativa que em 2010 focou na América Latina.
Apesar de termos características próprias, nossa relação
cultural e social precisa caminhar na mesma direção”,
declarou o presidente estadual da CUT-SP e líder
metalúrgico Adi dos Santos Lima, sublinhando a importância
da iniciativa que em 2010 focou na América Latina.
Na avaliação do líder cutista, a participação de países como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, África do Sul, Senegal e Gana, entre outros, servirá para estreitar ainda mais os fortes vínculos que unem o sindicalismo dos dois continentes na luta por mais emprego, salário e direitos.
A solidariedade às manifestações contra a ditadura e pela construção de governos democráticos na Tunísia e no Egito, destacou Adi, também estará presente, uma vez que “a busca pela democracia e pela liberdade é uma incansável luta que nós brasileiros conhecemos bem”. “A solidariedade e a pressão internacional cumprem um papel fundamental neste momento”, assinalou.
Membro da Confederação dos Trabalhadores Autônomos de Dakar e do Comitê Organizador do Fórum Social Mundial, Mame Saye agradeceu o convite, já que “o Brasil tem um lugar preponderante na nossa linha histórica”. Mais do que a diplomacia dos estados, apontou Mame, o estreitamento de relações tem a capacidade de dialogar profundamente, “o que acaba sendo um privilégio dos povos, que passam a carregar consigo esta simbologia da identidade e do encontro”. Entre os muitos temas que a dirigente senegalesa quer abordar e conhecer mais de perto no Brasil está a experiência cutista de articulação com os movimentos sociais. “Este é um ponto essencial para afirmarmos pautas comuns em contraposição à globalização neoliberal”, disse.
O secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné Bissau (UNTG), Estevão Gomes declarou que acolhia o convite com muita expectativa de compartilhar experiências e vivências com o sindicalismo cutista. “Somos um país pequeno, mas com problemas do tamanho do mundo. Para nós, a CUT é uma referência e sempre a temos como ponto de apoio e incentivo a encontrar soluções coletivas”, acrescentou.
Para o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Antonio Felício, realizar um Primeiro de Maio no Brasil logo após o Fórum Social Mundial na África “será uma experiência muito rica para o movimento sindical, mas também para a população que participar das atividades, pois poderá conhecer de perto as nossas reivindicações e o tanto que temos em comum”. "Tanto de um lado como do outro do Atlântico, a luta é a mesma: contra o imperialismo, o neocolonialismo e em defesa de um Estado indutor do desenvolvimento, gerador de emprego e renda", concluiu.
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