Produção cultural, eventos e festivais de música. Planejamento Estratégico e Operacional, Formação política, para sindicatos e ONGs

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Minuano da Canção em São Pedro do Sul

Inicia nesta quinta-feira, dia 1º de julho o Minuano da Canção Nativa em São Pedro do Sul, tendo sua noite final no sábado, dia 03.

O evento que realizou sete edições de sucesso em Santa Maria, passa a ser itinerante. Nesta oitava edição ganha respaldo na vizinha cidade, São Pedro do Sul, podendo permanecer lá.

O prefeito são-pedrense, Marcos Senger, é receptivo ao projeto que conta com a realização do ACOFEM - Associação das Comissões Organizadoras de Festivais de Música do RS e financiamento do Ministério da Cultura, através do Fundo Nacional da Cultura. A prefeitura Municipal também aporta parte do valor do projeto como contrapartida, exigida pelo ministério, o que é aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores.

O festival, lançado em março, chega a ser anunciado em outras datas, mas definitivamente acontece nos dias 1º, 2 e 3 de julho de 2010, em praça pública, sem cobrança de ingressos.

Grandes cantores estão previstos nas músicas concorrentes, a exemplo de Juliana Spanevelo, Eraci Rocha, Luiz Cardoso, Robledo Martins, Jean Kirchoff, Jairo Lambari Fernandes, César Lindemeyer e outros. Também há o Minuaninho da Canção que reúne dez crianças e adolescentes num festival de interpretação.

Os espetáculos especiais apresentam artistas de diferentes estilos. A abertura da quinta-feira fica a cargo do acordeonista de 12 anos, Lucas Bresolin de Melo e o show de encerramento é com a mais consagrada dupla da música campeira, César Oliveira e Rogério Melo. Na segunda noite é a vez do Espetáculo Internacional de Improviso - Trovas e Pajadas- com José Curbelo (Uruguai), Marta Suint (Argentina), José Estivalet e Moraezinho (Brasil) e o pajador são-pedrense convidado, Paulo de Freitas Mendonça. Nesta noite o espetáculo de encerramento conta com o conceituado cantor latino-americano, Dante Ramon Ledesma. No sábado acontece um espetáculo de Talentos da Terra, na abertura e o show de intervalo é com um dos mais importantes nomes do nativismo, o cantor João de Almeida Neto.

O Minuano da Canção Nativa, presidido por Ary Otávio Canabarro dos Santos e coordenado pelo presidente da Acofem, Tiago Cesarino, é uma grande festa popular para os munícipes, mas também atrai público de diversas cidades do Estado e de fora dele. Porém, no intuito de verdadeiramente abrir fronteiras culturais, transmite a programação das três noites ao vivo com áudio e imagem pela internet através do site www.minuanodacancao.com.br.

Por Paulo de Freitas Mendonça

terça-feira, 29 de junho de 2010

Numa tentativa de criminalizar à mobilização no MTE, Veja mostra ignorar dificuldades do setor público

O ataque raivoso da Veja


por Condsef   

É provável que trabalhadores que atuam na revista Veja não dependam de serviços públicos no seu dia-a-dia. É possível que nenhum de seus familiares tenha tido necessidade de enfrentar as dificuldades de quem depende com freqüência de algum tipo de serviço público. Também é muito provável que nenhum seja servidor concursado do Executivo Federal e tenha que trabalhar diariamente enfrentando a falta de infra-estrutura para desempenhar suas funções encarando ainda problemas financeiros freqüentes em função da defasagem que seu salário experimentou em anos anteriores. O levantamento dessas hipóteses vem de notícia veiculada pela revista Veja esta semana que cita a paralisação de servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Mostrando desconhecer completamente a realidade vivida pela maioria dos servidores do Executivo, a Veja destila uma série de críticas infundadas. Não só a revista, como grande parte da chama “grande mídia” costuma divulgar informações tendenciosas, omitindo fatos e acaba dando força às tentativas do Governo de criminalizar processos de mobilização conduzidos por trabalhadores do setor público.
 
Na notícia, a Veja fala sobre decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou que os servidores mobilizados não sofram corte de ponto por parte do Governo até que uma decisão final sobre o movimento seja tomada. Na matéria a revista resgata depoimento do presidente Lula que comparou greve a férias e usa tom irônico quando afirma ser fácil para os servidores “cruzarem os braços” quando continuam recebendo seus salários. Para reforçar suas insinuações, a Veja publicou declaração de uma procuradora-geral da União que diz que “receber pagamento para não trabalhar é, em português claro, uma forma de enriquecimento ilícito”.
 
As graves acusações foram recebidas com revolta pelos trabalhadores que lutam pelo atendimento de suas demandas frustradas por um processo de negociação infrutífero. Sem direito a negociação coletiva, o servidor público vive uma desfavorável relação com o Governo que encaminha e atende as reivindicações dos trabalhadores no momento que quer e da forma que quer. Resta aos trabalhadores o instrumento legítimo da paralisação de atividades, da mobilização e pressão para buscar o atendimento de suas justas reivindicações. Direito que o Governo, auxiliado pela “grande mídia,” tenta tirar dos servidores.
 
A Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) e suas filiadas repudiam as tentativas de criminalizar o servidor público em prol do fortalecimento de uma política de Estado mínimo. Os servidores do MTE, representados em mesas de negociação pela Condsef e suas filiadas, exigem direito de resposta da revista Veja. Além de tendenciosa, a matéria ainda se faz passar por imparcial já que uma linha, do texto de uma página inteira, é dada para curto depoimento de um representante dos trabalhadores, o secretário-geral do Sindsep-DF, uma das filiadas a Condsef.
 
Absurda e ofensiva aos servidores, a matéria é o retrato do que sofre com freqüência a categoria. É bom notar. Noticias sobre paralisação de servidores apenas ganham espaço na imprensa quando “prejudicam” a sociedade. Sua abordagem faz parecer que o servidor quase sempre é um sujeito que ganha bem e mesmo assim submete a população a problemas quando decide reivindicar, desnecessariamente, reajuste em seus salários. 
 
Dessa forma, notícia após notícia, foi se criando no imaginário de quem paga impostos a imagem do servidor marajá. Esta visão generalizada do trabalhador público, no entanto, está longe da realidade da administração pública. A grande maioria percebe salários abaixo da média paga a iniciativa privada, ao contrário do que afirma a matéria da revista Veja. Enfrenta ainda o absurdo abismo salarial que existe no setor público. Categorias que desempenham funções semelhantes, mas estão separadas por uma diferença salarial enorme.
 
RH e Negociação Coletiva – Apesar de tentar criminalizar os movimentos de mobilização dos servidores, o Governo não foi capaz de criar uma política eficaz de Recursos Humanos que resolva esses problemas estruturais históricos que prejudicam o atendimento público. Outro direito negado ao servidor é o da negociação coletiva. Isto coloca os trabalhadores a mercê dos interesses políticos dos Governos de plantão. O problema nunca foi abordado pela imprensa em larga escala nem com a profundidade necessária.
 
A Condsef não vai permitir que o legítimo direito dos trabalhadores de se organizar e defender seus direitos seja agredido gratuitamente dessa forma. Divulgar fatos isolados que contribuem apenas para gerar na sociedade sentimento de repúdio ao trabalhador que a atende tem algo de perverso. Fazer crer ainda que a decisão do STJ foi tomada em defesa de quem não merece é outro absurdo.
 
Notícias tendenciosas como essa são a prova de que grande parte da imprensa brasileira está a serviço de uma minoria, interessada em reduzir a pó o Estado Brasileiro. Os trabalhadores, mantendo sua dignidade e a certeza de estar exercendo um direito legítimo, vão continuar lutando.
 
Lutando para que cada vez menos ganhe espaço na sociedade pensamentos que levam a crer que servidores “fazem parte de uma privilegiada casta de trabalhadores”. Lutando para que cada vez mais o cidadão entenda que movimentos como o conduzido neste momento pelos servidores do MTE podem prejudicar momentaneamente alguns, mas servem para evitar que as mazelas do serviço púbico se estendam e piorem, provocando um caos ainda maior da administração pública. Caos este que a revista Veja comprova não conhecer. Caos que só conhecem aqueles que realmente precisam e dependem de serviços púbicos, ou seja, a maioria da população brasileira.
 
Leia abaixo a matéria publicada pela Veja e provocou revolta entre os servidores do MTE:
 
GREVE OU FÉRIAS?
A justiça determina que servidores parados há três meses continuem recebendo salário e transforma o direito a greve num excelente negócio.
 
Tudo começou com um arbusto. Abundante nas margens do Sena, em Paris, ele era chamado de grève pelos franceses. Em seguida, o vegetal deu nome a uma praça, a Place de Grève, onde trabalhadores desempregados passavam os dias em busca de bico. Daí até assumir seu atual significado, que é cruzar os braços propositalmente como protesto trabalhista, foi um pulo.
 
Mas a greve é ainda mais antiga. A primeira aconteceu no reinado do faraó Ramsés III, que governou o Egito no século XII a.C. Sem receberem por dois meses, os operários que construíam sua tumba pararam durante três dias. As greves eram reprimidas com demissões, prisões e até espancamentos. O direito à greve surgiu no mundo em 1917 e só chega ao Brasil 23 anos depois. Ainda assim, fazer greve, dependendo da ocasião e da circunstância, é uma decisão que envolve determinados riscos. Na semana passada, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu o governo de cortar os dias parados de 6000 grevistas do Ministério do Trabalho. Parados há três meses, eles continuarão recebendo seus salários integralmente.
 
A greve dos servidores, que estão de braços cruzados desde abril passado, já compromete serviços essenciais como a emissão de carteiras do trabalho, o seguro desemprego e o fundo de garantia. A justiça ainda não avaliou a legalidade do movimento nem tem previsão de quando isso deverá ocorrer. Logo depois dos primeiros dias de paralisação, o governo considerou o movimento abusivo e decidiu descontar os dias parados. Os grevistas reclamaram à justiça. O ministro Hamilton Cavalhido, relator do caso, avaliou que descontar os dias parados é o mesmo que “suprimir o sustento do servidor e de sua família”.
 
O ministro Luis Inácio Adams, advogado-geral da União, considera o movimento ilegal. Ele contestará a decisão que obriga o governo a pagar os salários no Supremo Tribunal federal, a mais alta corte brasileira. “Receber pagamento para não trabalhar é, em português claro, uma forma de enriquecimento ilícito”, afirma a procuradora-geral da União, Hélia Bettero. A postura de enfrentamento com os grevistas do serviço público é nova e reflete uma preocupação eleitoral do governo. Em maio, durante reunião ministerial, o presidente Lula endureceu com os servidores federais. Ele disse aos auxiliares que ministro de estado não é sindicalista e que nenhum ministro pode ficar ao lado dos servidores em greve. Mais recentemente, Lula dirigiu novas farpas aos grevistas. “Greve é guerra, não férias. Eu tinha coragem de entrar na greve e tinha coragem de terminar a greve”.
 
Os grevistas do Ministério do Trabalho afirmam que só descruzarão os braços quando suas reivindicações forem atendidas. Eis aí outro problema ruinoso do movimento. Em primeiro lugar, eles fazem parte de uma privilegiada casta de trabalhadores. Durante os quase oito anos de governo Lula, quando os trabalhadores da iniciativa privada tiveram aumento de 9% acima da inflação, os servidores de Brasília embolsaram 75% de reajuste. Eles também ganham, em média, 30% a mais que os empregados de empresas privadas.
 
Além disso, os grevistas acabam de receber um novo aumento, ao custo de 40 bilhões de reais aos cofres públicos, que será pago de maneira escalonada até 2011. Ou seja, embora ainda nem tenham recebido o último aumento, eles já estão em greve de olho no próximo. “O governo se comprometeu a elaborar um plano de carreira específico e não fez nada até agora”, diz Oton Pereira, secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos federais. Com o salário garantido, fica mais fácil ir à guerra.
 

segunda-feira, 28 de junho de 2010

30ª Coxilha Nativista – 24 a 31/07/2010
 
DATA
ATIVIDADES
24/07 (sábado)
Abertura oficial
10 apresentações de Músicas da História da Coxilha Nativista
Show: Dante Ramón Ledesma
 
25/07 (domingo)
10 apresentações de Músicas História da Coxilha Nativista
Show: Jorge Freitas
 
26/07 (segunda-feira)
10 apresentações de Músicas da História da Coxilha Nativista
Show: Teresa Parodi
 
27/07 (terça-feira)
10 apresentações de Músicas da História da Coxilha Nativista
Show: João de Almeida Neto
 
28/07 (quarta-feira)
30ª Coxilha Nativista – Fase Local
Show: Leonardo Díaz Morales
 
29/07 (quinta-feira)
26ª Coxilha Piá
Show: Miguel Marques
 
30/07 (sexta-feira)
30ª Coxilha Nativista – Fase Geral
Show abertura: Espetáculo de Dança Pasion Gaucha
Show encerramento: Renato Borghetti e Arthur Bonilla
 
31/07 (sábado)
30ª Coxilha Nativista – Final
Show: César Oliveira e Rogério Mello








sexta-feira, 25 de junho de 2010


Caminhos de Si
Martim César, Hélio Ramirez, Paulo Timm

[ 2005]


Projeto desenvolvido em parceria com Paulo Timm e Hélio Ramirez
com apresentações em várias cidades do Brasil e do Uruguai



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| Músicas do CD

clique na indicação de downloads ao lado das canções para salvá-las em seu computador para ouví-las. Todas estão são em formato mp3 de alta qualidade e compactadas em arquivos [zip].

01 - Caminhos de Si (Martim César) [downloads]

02 - Num velho baú sem chave
(Martim César - Paulo Timm)

03 - Luz andaluz
(Martim César - Hélio Ramirez) [downloads]

04 - De uma antiga rebeldía
(Martim César - Paulo Timm)

05 - Delírio
(Martim César) Pesadelo (Hélio Ramirez)

06 - Mensaje al mar
(Martim César - Paulo Timm)

07 - Canção dos deserdados
(Martim César - Hélio Ramirez)

08 - O sonho de Cervantes
(Martim César - Paulo Timm)

09 - Maria, Charqueadas e Fronteiras
(Hélio Ramirez)

10 - Ameríndia
(Martim César - Paulo Timm)

11 - Estragos da solidão
(Vasco Veleda)

12 - Caminhos do tempo infindo
(M. César - P. Timm - H. Ramirez) [downloads]

13 - Ao cair da tarde
(Martim César - Paulo Timm) [downloads]

14 - Temporal de Santa Rosa
(M. César - P. Timm - Régis Bardini) [downloads]

15 - Caminhos de Si
(Martim César - Hélio Ramirez) [downloads]



| Clique aqui para ver as letras e os músicos que tocam nesse CD

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| Apresentação
Num recanto da pampa "gaucha", numa fronteira que une dois povos, está situada a cidade de Jaguarão, com olhos voltados para a cultura latino-americana. Neste cenário repleto de nostalgia e de encantos nasce o projeto poético-musical "Caminhos de Si". Inicialmente idealizado para apresentação no II Fórum Social Mundial em Porto Alegre no verão de 2.003, posteriormente trabalhado para integrar o Projeto 277 no Teatro Sete de Abril em Pelotas, no outono do mesmo ano.

Busquem nossas vertentes na distante Ibéria, nas batalhas entre Mouros e Cristãos, nos oito séculos de domínio árabe, na reconquista, nos cercos dos castelos medievais, na epopéia lusa 'por mares nunca dantes navegados' ou nos acordes flamencos da Espanha de Don Quijote de La Mancha. Busquem nossas raízes nas selvas africanas, nos ritmos dos tambores tribais, nos povos arrancados do chão, nas charqueadas, nas senzalas, nos quilombos. Busquem nossas sementes nas danças índias sob o sol, no extermínio de uma raça, na miscigenação forçada, nas alturas da cordilheira, nas correrias pela grande pampa de Artigas. Muitos caminhos levamos sob a pele mestiça que nos cobre. Somos Europeus, negros, índios. Somos o resultado dessa fusão incoerente de tantos sangues. Dessa mistura nascemos. E foi dessa aparente impossibilidade que nasceu a nossa arte. Mestiça como a nossa raça." Num labirinto chamado vida... um olhar interior para os nossos próprios caminhos".
Martim César - Hélio Ramirez - Paulo Timm

| Agradecimentos
Aos que fazem parte deste projeto e que contribuíram, muito mais do que imaginam, para que o registro desta obra se tornasse realidade, o nosso reconhecimento e a nossa gratidão. Em especial agradecemos ao paisano Jorge Passos e aos músicos Fabrício Moura e Leonardo Oxley por estarem conosco desde o início da idéia. Gracias a todos...!!!
Martim César - Hélio Ramirez - Paulo Timm

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| Ficha Técnica do CD
Produção: Paulo Timm
Estúdio de gravação: Estúdio Digital - Pelotas/RS
Gravação: Hélio Mandeco
Direção musical de estúdio: Paulo Timm e Hélio Mandeco
Mixagem: Paulo Timm e Hélio Mandeco
Masterização: Victor Hugo Duarte
Design: Valder Valeirão
Direção executiva: Martim César e Hélio Ramirez


Da mesma raiz
[2009]

CD de Marco Aurélio Vasconcellos interpretando canções de Martim César, Paulo Timm e Alessandro Gonçalves
| Músicas do CD

1. A raiz que brota no canto |
download

2. Vai um ginete a lo largo

3. Manhazita de inverno

4. Caseiros da estância ‘solidão’

5. Como um quadro campeiro

6. A pátria à beira de um rio

7. Onde a tristeza se arrancha

8. Com permiso, sou Venâncio

9. Pintura em quadro de ausência

10. Morada do silêncio

11. Como en los viejos tiempos

12. A rebeldia do campo

13. De sombras e saudade

14. Bolicho das pedras brancas |
download
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| Ficha Técnica
Produzido por Paulo Timm e Alessandro Gonçalves | Gravado em Pelotas/RS no Estúdio Digital | Técnico de gravação: Hélio Mandeco | Faixa 9 gravada no Estúdio Da Cappo e faixas 5 e 10 voz gravada no Estúdio LT em Porto Alegre/RS | Projeto gráfico: Nativu Design | Direção de Arte: Valder Valeirão | Fotografia da capa: Gustavo Gonzalez | Mixagem: Paulo Timm, Alessandro Gonçalves e Hélio Mandeco | Masterização: Marcos Abreu

O Ministro da Cultura Juca Ferreira vem ao Rio Grande do Sul para assinar o convênio do MinC com a ACOFEM (Associação das Comissões Organizadoras de Festivais de Música do RS)

O Ministro da Cultura Juca Ferreira vem ao Rio Grande do Sul para assinar o convênio do MinC com a ACOFEM (Associação das Comissões Organizadoras de Festivais de Música do RS) que dá suporte ao Projeto Recriar - Resgate de Festivais. O ato solene vai acontecer na próxima terça-feira, dia 29 de junho, às 13h, na Sociedade Cultural Pareci Novo, na cidade de Pareci Novo/RS.

Estão confirmadas as presenças de diversos prefeitos e secretários do Rio Grande do Sul, do primeiro vice-presidente da Câmara de Deputados, Marco Maia, que tem emprestado importante apoio ao Projeto Recriar e do Presidente da Acofem Tiago Cesarino. Após o ato, o ministro, o deputado e o presidente da Acofem vão conceder entrevista à imprensa presente.

O Projeto Recriar - Resgate de Festivais é uma derivação do Projeto Único trabalhado em anos anteriores pela Associação. Conta com o financiamento do Ministério da Cultura e contrapartidas de prefeituras das cidades onde se realizam os eventos e resgata importantes festivais no Estado, até fevereiro de 2011.

Estamos diante de um fato histórico, por isso precisamos mostrar que o movimento nativista está coeso. Contamos com a presença dos amigos de todo o Estado. Pela primeira vez em 39 anos de festivais no Rio Grande do Sul, o Ministro da Cultura vem ao Estado para assinar um convênio com os festivais de música.

A Acofem aproveita para confirmar as datas dos festivais Minuano da Canção Nativa de São Pedro do Sul e Serra Campo e Cantiga de Veranópolis.

A 8ª edição do Minuano de São Pedro do Sul está definitivamente certa para os dias 1º, 02 e 03 de julho de 2010 e a 10ª edição do Serra Campo e Cantiga de Veranópolis foi transferida para os dias 23, 24 e 25 de julho de 2010.

O Minuano conta com espetáculos de João de Almeida Neto, César Oliveira e Rogério Melo, Dante Ramon Ledesma, Lucas Bresolin de Melo, Show com Talentos Locais e Espetáculo Internacional de Improviso – Trovas e Pajadas - com Marta Suint (Argentina); Jose Curbelo (Uruguai); José Estivalet e Moraezinho (Brasil) convidado Especial de Paulo de Freitas Mendonça.

O Serra Campo e Cantiga apresenta espetáculos especiais de César Oliveira e Rogério Melo, Jari Terres e Jairo lambari Fernandes e Mulheres Pampeanas.

Em ambos os festivais vão estar concorrendo grandes nomes do nativismo.

Além destes festivais, são contemplados pelo Projeto Recriar a Seara da Canção Gaúcha de Carazinho, Primavera do Canto Xucro de Caxias do Sul, Jerra da Canção Nativa de Santa Vitória do Palmar, Laçador do Canto Nativo de Porto Alegre, Grito do Nativismo Gaúcho de Jaguari, Canto Sem Fronteira de Bagé, Estação das Canoas de Canoas, Coruja da Canção de Capão da Canoa, Rio Grande Canta os Açores de Rio Grande, Comparsa da Canção Gaúcha de Pinheiro Machado, e uma nova ação que é o Festival de Trovas e Música Regionalista Gildo de Freitas de Bagé.

Os festivais contemplados pelo Projeto Recriar são promovidos pelas prefeituras e entidades culturais locais e a realizados pela Acofem, com o Financiamento do Fundo Nacional de Cultura do Ministério da Cultura.

Paulo de Freitas Mendonça Tiago Cesarino

Jornalista e Produtor Cultural Presidente da Acofem

Relatório sobre a PEC dos Jornalistas será apresentado em julho

por Carlos — DA HORA
O relator da PEC 386/09 deverá apresentar seu parecer à Comissão Especial da Câmara dos Deputados no dia 7 de julho. A nova data foi informada na audiência pública da Comissão realizada nessa quarta-feira, 23 de junho. Com exceção da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), todas as entidades e especialistas ouvidos pela Comissão até o momento afirmaram que a exigência do diploma qualifica o Jornalismo e não fere a liberdade de expressão.

A Comissão Especial já realizou três audiências públicas. Uma delas ocorreu no dia 16 de junho e contou com as participações do autor da PEC, deputado Paulo Pimenta (PT/RS), do advogado constitucionalista Ivo Dantas, e do secretário-geral do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcos Vinícius Furtado Coelho.

Constituição veda a censura, não a regulamentação profissional

Dantas enfatizou que o diploma e o registro de jornalista não ferem o direito à liberdade de expressão. "A Constituição veda a censura, mas não a regulamentação profissional. Só quem frequentou os bancos da universidade pode enfrentar os desafios técnicos do ofício. Uma noticia mal apurada pode causar dano moral ou comoção popular", disse. Marcos Vinícius Furtado Coelho, reforçou tal concepção, sustentando que a formação ética e técnica contribui para o exercício responsável da liberdade de imprensa.

No dia 17, quando atos públicos realizados em diversos estados lembraram a passagem de um ano da fatídica decisão do STF que derrubou com a exigência do diploma para o exercício da profissão, os deputados Hugo Leal (PSC/RJ), Arolde de Oliveira (DEM-RJ) e Chico Alencar (P-SOL-RJ), visitaram a Associação Brasileira de Imprensa (ABI). O posicionamento da entidade foi apresentado por seu presidente, Maurício Azedo. "A ABI tem uma posição histórica de defesa da formação em nível superior dos profissionais de imprensa, para que se tenha um alto padrão técnico, cultural e ético do jornalismo que se pratica no país", disse.

O encontro contou, também, com as participações dos presidentes da FENAJ, Sergio Murillo, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, Suzana Blass, e do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro, Ernesto Viana, que pouco antes participaram de um ato em defesa do diploma em frente à sede da ABI.

A terceira audiência pública da Comissão Especial, realizada nessa quarta-feira, contou com as participações do presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), Carlos Franciscato, do coordenador do curso de Comunicação Social da PUC-Rio, Leonel de Aguiar, do diretor do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Spenthof, do presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), Antonio Carlos Hohlfeldt, advogada e professora de Comunicação Leise Taveira dos Santos, e do representante da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), o advogado Rodrigo Kaufmann.

Fim da exigência do diploma desqualifica o Jornalismo

Os depoimentos na Comissão reafirmaram que foi um equívoco do STF confundir liberdade de expressão com o livre direito ao exercício da profissão e que o fim da exigência do diploma resultará na desqualificação do exercício da profissão de jornalista. Apenas o representante patronal considerou que ter o diploma como único meio de acesso ao jornalismo constitui um problema e que o exercício profissional do jornalista se vincula ao direito à liberdade de expressão na Constituição brasileira.

Atento aos argumentos e disposto a evitar que a aprovação da PEC 386/09 venha a ser questionada judicialmente no futuro, o relator da matéria já anunciou que dará nova redação à proposta para evitar interpretações de inconstitucionalidade. Seu objetivo é distinguir claramente os conceitos de liberdade de expressão dos meios de comunicação e de atividade jornalística.

Mobilização

O objetivo dos integrantes da Campanha em Defesa do Diploma é ampliar as articulações com parlamentares para que a tramitação da matéria evolua mais em julho e que em agosto, após o recesso parlamentar, a matéria esteja pronta para votação no plenário da Câmara dos Deputados. Neste sentido a orientação é para que os apoiadores do movimento enviem mensagens de sensibilização aos membros da Comissão Especial e aos líderes de bancadas na Câmara pela aprovação da PEC. A coordenação do movimento pede, também, que prossigam as manifestações aos senadores pela aprovação da PEC 33/09, do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE).

Com informações da Agência Brasil e do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro

Fonte - http://www.fenaj.org.br

Na Internet, Dunga ganha apoio contra a Globo

por Carlos - DA HORA
Jornalistas relatam que briga entre Dunga e Rede Globo deveu-se ao fato do treinador da seleção brasileira vetar o privilégio da concessão de entrevistas exclusivas de jogadores para a Globo. Entrevistas teriam sido negociadas pela Globo com presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Dunga não gostou e vetou. Repercussão do episódio indica que a maioria dos internautas está com Dunga e contra a Globo. Cresce no twitter campanha de boicote à Globo na transmissão de Brasil e Portugal na próxima sexta-feira.

O jornalista Bob Fernandes relata, em matéria publicada no Terra, as causas da briga do técnico da seleção brasileira de futebol contra a rede Globo. Segundo esse relato, Dunga não aceitou dar à Globo acesso privilegiado a jogadores da seleção. Bob Fernandes conta o que presenciou logo após o jogo do Brasil contra a Costa do Marfim:

Soccer City, caminho entre o estádio e as tendas da FIFA que abrigam o Centro de Mídia. Galvão Bueno, Arnaldo Cezar Coelho e o diretor da Central Globo de Esportes, Luiz Fernando Lima conversam, não escondem a irritação e nem se preocupam com quem passa ao lado e ouve. O alvo é o técnico da seleção brasileira, Dunga. Minutos antes, na coletiva pós Brasil x Costa do Marfim o técnico, numa dividida bem a seu estilo, deu na canela do comentarista Alex Escobar, da Globo.

Luiz Fernando Lima lembra as conversas recentes da emissora com Dunga, já na África do Sul:

- Falamos com ele duas vezes e ele não consegue entender que não é "a Globo", ele está falando para todo o país...

Seguem as observações do grupo, sempre ferinas. Um deles chega a dizer: - ...e a única coisa que eu acho que ele aprendeu em quatro anos foi falar 'conosco' e não mais 'com nós' como sempre fez...

A Globo reagiu com um texto em tom de editorial, cujo conteúdo acabou sendo reproduzido e apoiado pela maioria dos jornalistas e empresas de comunicação que cobrem a Copa. Outro jornalista, Maurício Stycer, afirma, no portal UOL, que as entrevistas foram negociadas diretamente pela Globo com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. Dunga não gostou e vetou.

Aparentemente, os jornalistas de outras empresas consideram uma grosseria maior o fato de Dunga reagir contra esse tipo de privilégio a uma empresa do que a concessão do privilégio em si mesma. Mas, segundo a repercussão do episódio na internet indica que a maioria dos internautas está com Dunga e contra a Globo.

Uma enquete do Terra perguntava na manhã desta terça: você está com Dunga, com a Globo ou contra os dois? Com 163 votos, apenas 3,68% (6 votos) apoiavam a Globo. Dunga tinha 71,78% (117 votos) de apoio e a opção “contra os dois”, 24,54% (40 votos). Ontem, os comentários de leitores no site de O Globo também indicavam amplo apoio a Dunga.

Nas seções de comentários, leitores começaram a espalhar a idéia de um boicote nacional à TV Globo na sexta-feira, data do próximo jogo do Brasil. A julgar pelo resultado do movimento desencadeado no twitter contra o locutor Galvão Bueno, a Globo pode estar entrando em rota de colisão não apenas com o temperamento de Dunga, mas com milhões de brasileiros e brasileiras.

Um outro forte indicador disso foi que, na madrugada desta terça-feira, cresceu no twitter o chamado para um #diasemglobo, que estimula as pessoas a verem o jogo entre Brasil e Portugal, sexta-feira, em qualquer outra emissora que não a Globo. Um pedido, aliás, não muito difícil de atender, dada a crescente antipatia do locutor Galvão Bueno.

Com informações da Carta Maior

Lula, imprensa neutra e diversidade informativa

por Carta Maior
O tema da falta de neutralidade da imprensa voltou à baila nesta semana por iniciativa do presidente Lula. Quando ele pede que a imprensa seja neutra ou no mínimo diga que tem candidato, está levantando um problema real e verdadeiro. Mas, a solução para isto, está muito longe da simples decisão dos proprietários de veículos de converterem-se repentinamente a uma neutralidade ou a uma diversidade informativa que nunca praticaram historicamente. A solução caminha para o fortalecimento das mídias públicas e pela construção, no caso brasileiro, de um grande jornal popular e nacionalista. E para esta solução, o próprio presidente Lula poderia sim ser um grande aliado.


O artigo é de Beto Almeida


A reclamação de Lula foi feita em discurso na Convenção do PT que indicou oficialmente Dilma Roussef como candidata presidencial. Ele registrava o desequilíbrio que sente ao assistir pela televisão a cobertura jornalística da campanha eleitoral. Os tempos e o tratamento são obviamente diferenciados. A preferência dos barões da mídia é escandalosa. Há uma unanimidade contra a candidata de Lula. Exceção feita, nas revistas de circulação nacional, à Carta Capital. Exceção que também se verifica na chamada mídia alternativa, porém extremamente pulverizada e de escassa circulação nacional. Com todo o heroísmo que significa a sua sustentação.

No mesmo discurso Lula fala que “somos todos defensores da imprensa mais livre do mundo” e que não se incomoda com as críticas que recebe. Mas, o que é realmente uma imprensa livre? A que temos no Brasil é prisioneira do poder econômico, controlado pelas classes endinheiradas. Rigorosamente aprisionada dos preconceitos e visões destas classes. Imprensa livre de quem, então?

Mais adiante, no mesmo discurso, Lula fala que é preciso ficar atento e “mudar de canal”. Como mudar de canal? Para qual, se não há alternativas?!!

Neutralidade na imprensa do capital?

Aqui entramos no problema que reiteradamente, não apenas este escriba mas também outros mais qualificados, vem tratando de enfrentar, propondo a fundação de um programa público de estímulo da edição e leitura de jornais. Certamente, os barões da mídia, advertimos com antecipação, vão gritar escandalizados. Estatização da mídia!!! Dirão, alguns. Querem o dinheiro público para fazer política!!! Dirão outros.

Ué, mas isto não vem ocorrendo historicamente?! Como é que se sustenta, esta mesma mídia que ataca editorialmente a participação do estado em ramos essenciais da economia e da sociedade, entre os quais acrescentaria a obrigação de garantir informação diversificada e idônea aos cidadãos? Basta reflefir sobre a informação de que a maior empresa de comunicação do país recebe, apenas ela, mais de 60 por cento das bilionárias verbas públicas federais. Não faz muito tempo, a Revista Veja trazia, numa só edição, 14 páginas de publicidade da Petrobrás, um dos alvos prediletos do cada vez mais precário jornalismo do veículo.

O governo paga para apanhar



Que o governo paga para apanhar, pode ser uma conclusão. Verdadeira, mas não esgota o problema. Aliás, o governo até promoveu um critério novo e mais democrático para a distribuição de sua publicidade. Ainda assim, a grande massa de brasileiros não pode nem mudar de canal, nem pode ler jornal, já que continuamos com a quase unanimidade dos jornais de circulação mais relevantes aprisionados pelos empresários que praticam o desequilíbrio informativo, que estão muito longe da neutralidade sugerida por Lula - aliás, duvido que ela exista. E também não temos, como em outros países ou como já tivemos no passado, um jornal nacional de ampla circulação que refletisse o ponto de vista das classes populares e nacionalistas, que, afinal, existem na sociedade. Ou não? A tomar pela imprensa do capital hoje, parece que estes outros pontos de vista não existiriam. Paradoxo: estas conseguem eleger o presidente da república mas não conseguem construir um jornal que tenha a sua cara e os seus sonhos??

A experiência do jornal “Última Hora”

Já tivemos o Jornal “Última Hora”, nacionalista e popular. Uma página importantíssima na história da imprensa brasileira, tema já tocado aqui por este escriba e também pelo jornalista Laurindo Leal Filho. Tal como Lula hoje, Vargas também percebia que toda a imprensa se voltava contra o nacionalismo, condenava as leis trabalhistas e previdenciárias, hostilizava o salário mínimo, defendia os interesses das oligarquias e, sobretudo, do capital estrangeiro. O presidente Vargas comenta então o problema da desinformação crônica do país com o jornalista Samuel Wainer. E sugere: “Por que tu não montas um jornal?” O encorajamento veio de Vargas. Houve um empréstimo do Banco do Brasil e de outras instituições e nasceu o ‘Última Hora”. Hoje, o presidente Lula poderia ir além da reclamação e das críticas corretas que faz à esta imprensa desequilibrada e propor uma solução. Se disserem que é um absurdo que um presidente encoraje a formação de uma iniciativa deste porte, lembraremos as nebulosas condições em que foi criada a maior rede de televisão do Brasil, inclusive afrontando a lei, conforme demonstrou a histórica CPI do Grupo Time-Life. O encorajamento, digamos, veio de longe...

Aliás, a solução já vem sendo proposta reiteradas vezes por segmentos do movimento de democratização da comunicação. Tanto no Seminário “A imaginação a serviço do Brasil”, de julho de 2002, que preparou um programa específico entregue ao então candidato Lula, como também nos debates da Confecom e nos Congressos Nacionais de Jornalistas, muito embora nem todos os sindicatos a sustentem de modo militante. Clamam por Diploma!! Diploma!!!, mas onde este exército de jornalistas diplomados, expelidos pela indústria do canudo, irá trabalhar? Temos fatores soltos que necessitam ser coordenados. Temos um povo praticamente proibido da leitura. Nossos índices de leitura de jornal, segundo a UNESCO, perdem para os da Bolívia! Temos um exército de jornalistas e escritores talentosos desempregados, vítimas da propaganda enganosa que foi a explosão de faculdades de comunicação no país, prometendo emprego para todos. E temos uma indústria gráfica com 50 por cento de capacidade ociosa crônica. Gráficas paradas e um povo sem poder ler!!!

Esta solução trilha por uma Fundação para o Jornalismo Público. Muitos fundos de pensão de empresas públicas, altamente rentáveis aliás, poderiam associar-se a esta Fundação.

Hipocrisia

Quando os barões da mídia, fingindo-se escandalizados, reclamarem do uso de recursos públicos para um jornalismo de missão pública, que não é o deles, apresentaremos uma tabela com todos os monumentais recursos que durante décadas estas empresas de mídia drenaram do estado. E diremos que estamos apenas reivindicando isonomia. Por que o BNDES pode oferecer empréstimos para a Vale do Rio Doce, para grandes empresários e até poderosas empresas estrangeiras, ou para as empresas de comunicação já instaladas, e esta Fundação para um Jornalismo Público não pode também receber? Que a dívida que grandes empresas de mídia possuem com o INSS seja convertida em favor de um programa que edifique um programa público de leitura e edição de jornais no Brasil é algo ser examinado. E também denunciaremos a hipocrisia desta mídia que ataca o estado editorialmente, mas ante qualquer dificuldade de caixa bate exatamente às portas deste mesmo estado para o uso , sim, do dinheiro público. Elas não se transformaram nestes poderosos conglomerados por eficiência empresarial, mas, sobretudo, por irrigação privilegiada de recursos do estado para sua contabilidade privada!

Jornal popular, nacionalista, a baixo preço

O papel essencial desta Fundação é a de editar e distribuir nacionalmente um jornal de grande circulação, a preços populares, estabelecendo a diversidade informativa preconizada na Constituição. Não é livre uma imprensa aprisionada por uma única classe social poderosa que edita apenas seus desejos e sua vassalagem ante aos grandes interesses. Não esqueceremos jamais: esta mídia que aí está a atacar o fortalecimento das políticas públicas atuais, foi a mesma que atacou Vargas por criar a Petrobrás, chegando até mesmo a proclamar - pasmem - que no Brasil não havia petróleo! Nesta onda de recall das grandes empresas, bateu a inspiração para escrever artigo com o título “E o dia em que fizerem o recall da mídia?”. Quanta informação adulterada, defeituosa, falsificada!!! Será possível corrigir? Afinal, não estamos falando de um tapete, um pedal ou um cabo de freio....Estamos falando de informação, pedra preciosa para a cidadania!

A solução é construir, expandir e qualificar o campo da mídia pública. Mudanças mais audazes nos critérios de distribuição de publicidade oficial já ajudariam muito a reequilibrar o campo de mídia. Com o valor das 14 páginas de publicidade dadas exclusivamente à Veja, uma TV Comunitária se sustenta por vários anos!

Escola de Jornalismo

Além de editar um jornal, esta Fundação para o Jornalismo Público bem que poderia ter uma escola de jornalismo, pois a ideologia da notícia emanada pela imprensa comercial hoje já penetrou de tal modo nas escolas de comunicação que, em certos casos, parece uma cooptação informativo-cultural em torno de valores alheios e até mesmo antagônicos aos do povo brasileiro, dos que produzem e constroem este país. E jornalismo não é fábrica de sabão. Não é pecado sonhar em ter uma escola de jornalismo nesta Fundação sob a orientação de geniais jornalistas, como Mauro Santayanna, por exemplo, que trabalhou naquele valente Última Hora. E tantos outros. É preciso abrir uma página nova no jornalismo brasileiro, pensando nas próximas gerações. E também poderia instalar nesta Fundação uma editora especializada em temas que permitissem ao povo brasileiro ter acesso a livros de qualidade, a baixo custo, e, tematicamente, ajudando na superação das vulnerabilidades ideológicas, padrões de informação e de cultura que querem nos impingir alguns governos intervencionistas, pelos braços de suas ONGs, alardeando ambíguas e ardilosas bandeiras democráticas.

Se nasceu a TV Brasil, a EBC, em sintonia com inúmeras mudanças democráticas da comunicação em vários países da América Latina, por que não avançamos? Por que não ir além da constatação de que estamos padecendo de uma manipulação informativa clamorosa? Denunciar é rigorosamente necessário, tanto quanto apresentar caminhos a seguir. Na Argentina, existe o jornal Página 12 e o fortalecimento da TV e Rádio Públicas, além de uma nova lei de comunicação que proíbe o monopólio. Na Bolívia nasceu o jornal Câmbio e em 8 meses de vida já vende tanto quanto o mais antigo jornal do país, o La Razón, com 70 anos de vida. Na Venezuela, nasceu o jornal Correio do Orenoco, resgatando o jornal original de Simon Bolívar, no qual foi redator o general pernambucano Abreu e Lima, que lutou ao lado do Libertador. No México há o jornal La Jornada, uma espécie de cooperativa.

Já passou da hora do povo brasileiro dar um passo novo para fazer uma nova história do jornalismo. Se oferecemos ao mundo com engenhosidade e criatividade a mais bela festa popular do planeta, se já oferecemos ao mundo um Alberto Santos Dumont, se já lançamos ao mundo um Paulo Freire, um Josué de Castro, um Oscar Niemeyer e uma música de inventividade admirável, por que não podemos pretender criar um outro caminho para um jornalismo tal como previsto na Constituição: humanista, diversificado, plural, respeitando os mais elevados valores da nação, sua diversidade cultural e coibindo o daninho processo de concentração midiática?

Para os que temem nesta proposta alguma nostalgia guttemberguiana, nada disso: o povo brasileiro pode, finalmente, entrar na Era de Guttemberg e, simultamentemente, fazer este jornalismo espalhar-se pelo digital, sobretudo agora que a Telebrás pública irá cuidar de democratizar a banda larga. Mas, é preciso fazer jornalismo, o velho e bom jornalismo, de Jack London, de John Reed, do Barão de Itararé, de Barbosa Lima Sobrinho

E bem que o presidente Lula, deixando a presidência, pode ser uma espécie de presidente de honra desta Fundação para um Jornalismo Público.
Beto Almeida

Piso regional no RS é aprovado




  CUT-RS   

 


O governo Yeda, que já não paga o piso nacional de educação e destrói o serviço público, agora acaba com o piso regional do Rio Grande do Sul. Na tarde desta quarta-feira (23), o plenário da AL/RS aprovou por 23 votos favoráveis a 17 contrários, o PL 129/2010, que reajusta em 6,9% para os pisos salariais no RS. Uma das emendas, com proposta de 7,7% de reajuste, foi rejeitada e outras duas emendas foram prejudicadas, entre elas a que propunha reajuste de 9,68%.
 
O presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski, lamenta a aprovação do reajuste de apenas 6,9% para o piso regional. "A maioria governista acaba de trair os trabalhadores gaúchos. A CUT sempre defendeu a valorização do piso regional por acreditar que, através dela, o Estado do RS se fortalece e, além disso, aumenta seu desenvolvimento através de uma melhor distribuição de renda. O índice aprovado hoje deixa muito a desejar e não dialoga com a expectativa dos trabalhadores, com a necessidade de oxigenar a economia e ainda não possibilita uma melhor distribuição de renda", ressaltou. Woyciechowski lembrou ainda que, em 2001, quando foi criado, o piso no Estado era o mais elevado no país, posição que perdeu ao longo dos anos.
 
“Tentamos garantir o mesmo índice antecipado por Lula para o salário mínimo. Infelizmente, a mesma maioria que vem aprovando verdadeiras distorções para categorias que estão no topo da pirâmide votou em peso contra os trabalhadores”, criticou o líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, Elvino Bohn Gass. Na tribuna, o parlamentar rebateu argumentos de que o reajuste proposto pela oposição seria prejudicial à saúde financeira das empresas gaúchas. “Não há a menor base real para alegações desta ordem. Pelo contrário, a elevação do salário mínimo nacional acima da inflação foi um fator determinante para aquecer a economia brasileira, aumentar o consumo e reativar a atividade econômica afetada pela crise internacional”, apontou.
 
O deputado Raul Pont (PT) lamentou o desfecho da votação: “aprovaram um valor que deixa o piso regional menor do que uma diária paga para os deputados viajarem para fora do Estado”. De acordo com o parlamentar, a aprovação dos 14% , reivindicados pelas centrais sindicais, injetariam cerca de R$ 1 bilhão na economia gaúcha. “Este montante deixa de ir para as mãos dos trabalhadores e vai para a especulação ou para o enriquecimento privado”, sentenciou.
 
O deputado Ivar Pavan (PT) disse que o reajuste aprovado mantém o piso gaúcho na última posição entre os valores pagos na Região Sul. Ele lembrou que, quando o governo Lula propôs aumentar o salário mínimo para US$ 100, setores conservadores alardearam a volta da inflação, onda de demissões e quebradeira das prefeituras. “Hoje, o salário mínimo equivale a US$ 260 e nada disso ocorreu. Pelo contrário, a economia nunca cresceu tanto.”
 
Já o deputado Adão Villaverde (PT) afirmou que a Assembleia desperdiçou um momento privilegiado para recompor o poder de compra dos trabalhadores. “O piso é um extraordinário instrumento de distribuição de renda. Infelizmente, uma conjuntura econômica extremamente propícia para sua recomposição foi desperdiçada”, lamentou.
 
O piso foi implantado em 2001 e atinge cerca 1,2 milhão de trabalhadores gaúchos, que não são protegidos por acordos ou convenções coletivas.
 
Saiba quem são os deputados que traíram os trabalhadores gaúchos e votaram contra o reajuste de 9,68% para o piso regional:
 
Alberto Oliveira – PMDB
Alceu Moreira – PMDB
Alexandre Postal – PMDB
Edson Brum – PMDB
Gilberto Capoani – PMDB
Luiz Fernando Záchia – PMDB
Márcio Biolchi – PMDB
Nedy Marques – PMDB
Adolfo Brito – PP
Francisco Appio – PP
Jerônimo Goergen – PP
João Fischer – PP
Leila Fetter – PP
Mano Changes – PP
Silvana Covatti – PP
Nelson Marchezan Jr – PSDB
Pedro Pereira – PSDB
Zila Breitenbach – PSDB
Aloísio Classmann – PTB
Berfran Rosado –PPS
Luciano Azevedo – PPS
Paulo Odone –PPS
Carlos Gomes – PRB
Francisco Pinho – DEM
Paulo Borges – DEM

Veja abaixo, o valor do novo mínimo regional para cada categoria:
- R$ 546,57 (em 2009, este valor era de R$ 511,29), para trabalhadores da agricultura e pecuária, nas indústrias extrativas, em empresas de pesca, empregados domésticos, turismo e hospitalidade, indústria da construção civil, instrumentos musicais e brinquedos, estabelecimentos hípicos, motociclistas no transporte de documentos e de pequenos volumes – moto-boys;

- R$ 559,16 (R$ 523,07 em 2009), para empregados das indústrias do vestuário e do calçado, fiação e tecelagem; das indústrias de artefatos de couro, papel, papelão e cortiça; de empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados de bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas; empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas; empregados em estabelecimentos de serviço de saúde; empregados em serviços de asseio, conservação e limpeza, e empregados em empresas de telecomunicações, de telemarketing, de call-centers, de operadoras de voip (voz sobre identificação e protocolo) e  de TV a cabos e similares;

- R$ 571,75 (R$ 534,85 no ano passado), para empregados das indústrias do mobiliário, químicas, famacêuticas e cinematográficas, de alimentação, empregados do comércio em geral e empregados de agentes autônomos do comércio;

- R$ 594,43 (R$ 556,06 em 2009), para trabalhadores das indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico; das indústrias gráficas, de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louças e porcelana; das indústrias de artefatos de borracha, de empresas de seguros privados e capitalização, de agentes autônomos de seguros privados e de crédito, de edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares; de indústria de joalheria e lapidação de pedras preciosas; para auxiliares em administração escolar; empregados em entidades culturais, recreativas, de assistência social e de orientação e formação profissional, e marinheiros, cozinheiros e taifeiros fluviais, além de empregados em escritórios de agências de navegação, empregados em terminais de conteineres e mestres e encarregados em estaleiros.

Dunga também peita a Globo

A escolha de Dunga como técnico da seleção brasileira foi feita rapidamente, quando ainda estava fresca a vergonhosa derrota para a França, quando um Zidane prestes a despedir-se do futebol, deu um lindo baile no time brasileiro. Neste, Parreira quis surfar no sucesso da copa anterior e manteve um time envelhecido – de que os superados Cafu e Roberto Carlos eram as expressões mais claras, laterais já sem capacidade de apoio e de volta para marcar. O segredo estava no quarteto Ronaldo, Ronaldinho, Adriano e Kaká. Bastaria que dois jogassem bem, para que estivesse, garantidas nossas vitórias.

O time naufragou desde o começo, nunca jogou bem, se esperava sempre que finalmente o time realizasse o futebol que potencialmente possuíam, o que nunca aconteceu. A barriga de Ronaldo – que não se deu ao trabalho de emagrecer nem umas gramas -, a falta de vontade de jogar de Ronaldinho, foram os símbolos daquele fracasso.

Nem bem terminou o jogo – em que Roberto Carlos foi crucificado, com razão, ao estar arrumando as meias, deixando Henri livre para marcar, num resultado magro pelo domínio total dos franceses -, a CBF quis apagar os ecos do fiasco e nomeou Dunga encima do balanço consensual – e fácil – da imprensa: tinha faltado raça. Foram buscar quem tinha significado a raça em estado puro, nas seleções anteriores, mesmo se nunca tivesse sido técnico: Dunga.

Uma nomeação assentada em uma ilusão, que segue sendo repetida: o Brasil tem o melhor futebol do mundo, revela craques como ninguém, a todo momento. O quarteto não teve disposição de jogar – Kaka apenas se esforçou, Robinho entrava no final, -, o diagnóstico quase foi de que fomos derrotados por excesso de craques. Zidane passeou pelo Brasil, dando chapéus a torto e a direito, diante de um time incapaz de qualquer genialidade. Mas a dose de raça viria em dose dupla e isso bastaria para voltássemos a ter o melhor time do mundo.

Dunga assumiu como se esperava, com o discurso da linha dura do “orgulho” que todo jogador deveria ter de estar na seleção – no estilo da “pátria de chuteiras”, da disciplina e da entrega à seleção. Sabia-se se Ronaldo estaria fora – pela falta de disposição para colocar-se em forma – e Ronaldinho estaria a perigo, pela fama de “baladeiro”. Adriano teria sua chance, assim como Robinho, enquanto Kaká seria o modelo de comportamento do jogado da Era Dunga – agora como técnico.

Mas Dunga impôs a disciplina também em outro plano. Na seleção de Parreira, a Globo deitava e rolava. Chegou a montar um estúdio inteiro na concentração, em pleno Campeonato Mundial e transmitia, a seu bel prazer, todo o cotidiano dos jogadores, desde que se levantavam até que dormissem. Era uma festa para a Globo.

No mesmo sentido do espírito que buscou impor, Dunga deixou a imprensa fora das concentrações, liberou apenas as entrevistas protocolares e, conforme os resultados não chegavam – o Brasil chegou a estar mal no começo das eliminatórias – e Dunga era muito criticado, este reagia com dureza contra a imprensa, no estilo rude da sua personalidade tosca.

Aos poucos a seleção foi se acertando, as vitórias vieram e isso consolidou em Dunga a certeza de seu comportamento era o correto. As arbitrariedades táticas – o jogo monótono, sem criatividade – e de convocação – privilegiando os brucutus no meio de campo, sem dar chance a jogadores eminentemente técnicos, como Alex, Ganso, Neimar, Hernanes, foram sendo referendadas, conforme o Brasil assumiu o primeiro lugar nas eliminatórias, ganhou a Copa das Confederações, ganhando da Argentina e, em amistosos também, de outros times ranqueados na Fifa – como a Itália e Portugal.

O principal problema que o Brasil arrastou até o começo da Copa foi a falta de forma física e técnica de dois dos seus jogadores mais importantes – Kaká e Luis Fabiano que, contundidos nos seus clubes, tinham jogado pouco nos meses anteriores ao inicio da Copa e chegaram à convocação ainda se recuperando. Mas havia outro problema: o Brasil não é mais o celeiro de craques cantado em prosa e verso no passado. Os jogadorres do Santos são ainda grandes promessas, assim como Hernanes, enquanto a Argentina revelou e consolidou uma geração de craques superior à nossa, incluído um fora de série - Messi – que nós já não temos desde o declínio de Ronaldinho. (Messi já era o melhor do mundo há vários anos, quando Kaká e Cristiano Ronaldo ganharam esse prêmio sem merecê-lo.)

Mas o conflito que domina o clima da seleção, até aqui , é outro. As empresas jornalísticas nos saturam de Copa do Mundo vários meses antes, mandam equipes descomunais de jornalistas, se valem de patrocínios milionários e precisam encher seus horários com matérias que deveriam varias de um jogador escovando os dentes até dormindo de pijama. Mas Dunga deixou, como é correto fazer, a imprensa do lado de fora da concentração, para não perturbar o trabalho – inclujindo os agentes, que em outras seleções atuavam ali dentro, assesiando os jogadores. Isso causou mal estas emissoras e serviu como tema de intermináveis e modorrentas mesas redondas, entre comentários táticos sobre a Nova Zelândia e a Sérvia. Principalmente da TV Globo, acostumada a todos os privilégios, que se sente ultrajada ao ser tratada como as outras, sem o acesso privilegiado aos jogadores e à concentração da seleção.

Independente de que o Brasil seja campeão ou não, se siga melhorando seu futebol ou estacione no nível atual, Dunga tem razão, mais além das truculências verbais, que revelam uma personalidade frágil, sem auto controle, pela qual se deve temer em situações de maior tensão (imaginem se, em jogo eliminatório, o Brasil começa perdendo, que topo de segurança um técnico assim vai passar no vestiário, no intervalo, só para imaginar uma situação perfeitamente possível, em que os jogadores tem que ter no banco alguém seguro, controlado, o que certamente Dunga não é.)

Quando o time joga mal, se descarrega nele uma carga desproporcional de críticas (“Treino secreto para isso?”, berrava o caderno da Copa do Globo depois da magra vitória contra a Coréia do Norte, numa vingacinha barata.) Ou, mesmo quando se ganha e se joga bem, se carrega nas tintas ao Dunga não se dar conta que Kaká estava descontrolado e prestes a ser expulso no jogo contra a Costa do Marfim, não interessa se justamente ou não, porque sua visível irritação o deixava na zona de risco de aceitar provocações.

A Globo, como sempre, com sua prepotência, granjeia a antipatia de todos (de que a campanha global contra o Galvão é uma expressão criativa, depois daqueles palavrões com que o Maracanã já o havia brindado: “Tomá no c. Galvão, tomá no c. Galvão”, impossíveis de não serem ouvidos por todos.

Tomara que o Brasil siga melhorando e ganhe a Copa. Pela alegria que trará par ao povo brasileiro. Mas que não se consagre o estilo grosseiro do Dunga. Mas se o Brasil perder, a Globo vai estraçalhá-lo, com um ódio similar ao que tem ao governo Lula – ambos expressões distintas dos limites impostos à Globo, que impotente tem que assistir sucessos que a contrarivam.
  por Emir Sader