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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ESTÃNCIA DA POESIA CRIOULA DO RIO GRANDE DO SUL



Aconteceu no último sábado, dia 07/08/2010, a eleição da nova diretoria da Estância da Poesia Crioula do Rio Grande do Sul, a academia xucra dos poetas gaúchos, que reúne os grandes nomes da poesia terrunha, onde foi eleito por aclamação para dirigir a entidade no bi-ênio 2010/2011 o poeta Cândido Brasil, que também é Patrão do Piquete Chama Nativa do Grupo Hospitalar Conceição.



Cândido Adalberto de Bastos Brasil acandido@ghc.com.br

A Estância da Poesia Crioula é uma entidade cultural sul riograndense que visa congregar os poetas e prosadores voltados para a temática gauchesca, além de pesquisar, manter, promover e divulgar tudo aquilo que se relacione com esta arte crioula em suas mais diversas formas de manifestações.

A fundação da Academia Xucra do Rio Grande, como é carinhosamente conhecida, ocorreu no dia 29 de junho de 1957, dia de São Pedro, Padroeiro da Estância, graças a visão e ao esforço de abnegados poetas e prosadores que sentiram a necessidade de organizar-se como instituição com o objetivo de exaltar nossos usos e costumes, nossas valorosas e ricas tradições.

Nos dias 27, 28 e 29 de junho de 1957, foi realizado o primeiro Congresso de Poetas Crioulos do Rio Grande do Sul. Neste evento, que teve Vargas Netto como Presidente de Honra (após sua morte tornou-se patrono da entidade) e o poeta Hugo Ramirez como Presidente da Comissão Organizadora, entre pareceres diversos, moções de louvores, discursos, homenagens, foram traçados os princípios da estância, tendo como seu mais elevado objetivo congraçar os poetas gauchescos, organizar uma corrente de pensamento e de estudo através de cuja manifestações possa atuar de maneira culturalmente objetiva a arte da poética e o culto, em si, da tradição campeira.

O primeiro Rodeio de Poetas Crioulos teve a adesão, mediante comparecimento ou manifestações expressas de 86 poetas, sendo, estes, considerados Sócios Fundadores.

Neste mais de meio século de existência a E P C tem cumprido com louvor seus princípios e objetivos promovendo, anualmente, seu Rodeio de Poetas, editando suas antologias, realizando seus concursos literários, participando ativamente dos movimentos que venham a promover nossa cultura. As reuniões dos vates e convidados são semanais (sextas-feiras a tarde) na sede própria da Estância na rua Duque de Caxias 1525 sala 49 D.

A primeira diretoria da Estância foi assim constituída: Presidente Hugo Ramirez. Demais poetas: Rui Cardoso Nunes, Jayme Caetano Braun, José Barros Vasconcellos, Dimas Costa, Lauro Rodrigues, Pery de Castro, Nitheroy Ribeiro e Olynto Sanmartin.

Nestes 50 anos de existência foram presidentes da Estância da Poesia Crioula: Hugo Ramires (1957/1959 – 1963 – 1986/1988); Nitheroy Ribeiro (1959/1960) Jayme Caetano Braun (1960/1961); Guilherme Schultz Filho (1961/1963 – 1970/1972); Cyro Gavião (1963/1964); Mozart Pereira Soares (1964/1966); Pery de Castro (1966/1970); Hélio Moro Mariante (1972/1974); José Paim Brites (1974/1976); Zeno Cardoso Nunes (1976/1980); Vasco Mello Leiria (1980/1982); José Hilário Retamozo (1982/1986-1992/1994-2000/2002); Francisco Pereira Rodrigues (1988/1990); Dias Francisco Fiorenzano (1990/1992); Caio Flávio Prates da Silveira (1994/2002); Sérgio de Laforet Padilha (2002/2004); Léo Ribeiro de Souza (2004/2006); Beatriz de Castro (2006/2008); José Machado Leal (2008/2010).

A Estância da Poesia Crioula, além de ser a maior entidade de Poetas gauchescos, tem uma característica marcante que é a de reverenciar seus vates já falecidos. Neste contexto, idealizou e construiu no Parque da Harmonia, em Porto Alegre, o Monumento Aos Poetas Mortos, composto de uma cancela de varejão, que significa a passagem para as sesmarias do infinito e de uma pedra de 7 toneladas chamada de A Pedra da Memória.

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