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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Jorge Peixinho

Um grande compositor português, Jorge Peixinho. Em seguida, o poema Capitão de Paulo Cesar Pinheiro em homenagem a Che Guevara. Para finalizar,  o pintor Edward Hopper
Escrito por João Caetano   
Jorge Peixinho nascem em Portugal no dia 20 de janeiro 1940 e morreu em Lisboa, em 30 de junho 1995. Ele foi um dos mais importantes compositores portugueses do século XX, com papel fundamental na atualização do panorama musical daquele país. Na sua obra, verifica-se uma forte influência do compositor vanguardista Stockhausen, no início dos anos 60, porém, a partir de 1969 , a música de Peixinho ganha um lirismo particular, facilmente reconhecível, baseado no entretecer de citações, na distensão temporal e no refinamento tímbrico. No início dos anos oitenta, o compositor passou a privilegiar a falsa citação e a auto-citação e a explorar universos sonoros estilisticamente "impuros".
Jorge Peixinho foi também uma pessoa politicamente ativa desde finais dos anos sessenta, alinhado com a esquerda.
Separei o "Red Sweet Tango" com Miguel Borges Coelho ao piano;
http://www.youtube.com/watch?v=S6qHczz7Hjk

Poema Capitão de Paulo Cesar Pinheiro
Um belo poema de Pinheiro para Che para se ouvir no Youtube e também para ler.
http://www.youtube.com/watch?v=HdLDZu0qucQ
 
Ele cresceu bicho solto
Lobo senhor das matilhas
Foi sentinela dos povos
Varão de suas famílias
Tinha uma estrela na boina
Como um farol das vigílias
Gravou com sangue a esperança
Dentro das nossas cartilhas
Junto com seus camaradas
lutou contra as camarilhas
grupos, exércitos, bandos, corjas, nações e quadrilhas
foi cavaleiro da serra
foi capitão das guerrilhas
nada pediu nas vitórias
era do povo as partilhas
quis consertar continente
não libertar só as ilhas
tinha no olhar a certeza do mundo das maravilhas
tombou rasgado de balas
numa das mil armadilhas
e o vento chama seu nome
no mato que cobre as trilhas.
 
Edward Hopper

O fim da Segunda Guerra Mundial resultou em profundas transformações no mundo. O centro da cultura desloca-se de Paris para Nova Iorque, o que consolida uma tendência que já se via desde o final do século XIX e começo do século XX. De acordo com o importante crítico de arte, Giulio Carlo Argan, esse florescimento explosivo da arte americana é o mais grandioso fenômeno da história da arte do meado dos século passado.
Isso vai resultar no surgimento de muitos artistas estadunidenses que, aos poucos, abandonam o modelo europeu e começam a encontrar o próprio caminho.
Entre esses pintores, está um de quem eu gosto muito do trabalho. Trata-se de Edward Hopper. Ele  nasceu em 22 de julho de 1882 e morreu em 15 de maio de 1967. Hopper  trilhou um rumo muito próprio, mais ligado a um certo tipo realismo, em contraponto às tendências dominantes. Arman define Hopper como " um realista sem ideologia, um primitivo sem falsas ingenuidades, cuja extraordinária força de caracterização e a exasperada sensibilidade à miséria do mundo das metrópoles americanas traduzem-se numa narração figurativa de extrema eficácia".
Sua obra tem normalmente uma iluminação diferente, feita para captar a solidão urbana que é uma das marcas de seu trabalho. São paisagens urbanas, porém, desertas, melancólicas e iluminadas por uma luz estranha. Hopper teve forte influência na chamada pintura pop.
 
Nighthawks.jpg
Nighthawks (Notívagos), 1942
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Chop Suey
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
hotel_room.jpg
Quarto de Hote

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