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quarta-feira, 22 de junho de 2011

SEM NOTÍCIAS DA ISLÂNDIA

Esta notícia é muito importante para saber como nos tem desinformados os meios imperiais, tanto na Europa, como na América do Sul.

Se alguém crê que não há censura na atualidade, que me diga porque os jornais não tem dito nada do que se passa na Islândia: lá, o povo demitiu todo um governo, os principais bancos foram nacionalizados, decidiu-se não pagar a dívida que estes tinham criado com a Grã Bretanha e Holanda por causa de sua má política financeira e acabaram de criar uma assembléia popular para reescrever sua constituição.

E tudo isso de forma pacífica. Toda uma revolução contra o poder nós tem conduzido até a crise atual. Vê-se aquí por que não se tem sabido há dois anos: Que passaria se o resto dos cidadãos europeus tomassem como exemplo? Esta é, brevemente, a história dos feitos: 2008. O principal banco do país é nacionalizado.

A moeda desaba, a bolsa suspende sua atividade. O país está em bancarrota. 2009. Os protestos cidadãos frente ao parlamento conseguem que se convoquem eleições antecipadas e provocam a demissão do Primeiro Ministro e de todo o governo em bloco.

Continua a péssima situação econômica do país. Mediante uma lei que se propõe a devolução das dívida a Grã Bretanha e Holanda mediante o pagamento de 3,5 bilhões de euros, soma que pagarão todas as familias islandesas mensalmente durante os próximos 15 anos com juros de 5,5%. 2010. As pessoas voltam às ruas e solicitam submeter a lei a referendum. Em janeiro de 2010, o Presidente se nega a ratificar e anuncia que haverá consulta popular. Em março celebra-se o referendum e o NÃO ao pagamento da dívida arrasa com 93% dos votos.

Depois disto, o governo tem iniciado uma investigação para dirimir juridicamente as responsabilidades da crise. Começam as detenções de vários banqueiros e altos executivos. A Interpol dita uma ordem e todos os banqueiros implicados fogem do país. Nesse contexto de crise, elege-se uma assembléia para redigir uma nova constituição que recolha as lições aprendidas da crise e que substitua a atual, uma cópia da constituição dinamarquesa. Para isso, recorre-se diretamente ao povo soberano. São eleitos 25 cidadãos sem filiação política dos 522 que apresentaram candidaturas onde é necessário ser maior de idade e ter o apoio de 30 pessoas. A assembléia constitucional deveria começar seu trabalho em fevereiro de 2011 e apresentaria um projeto de carta magna a partir das recomendações consensuadas em distintas assembléias que se celebrariam em todo o país. A carta deverá ser aprovada pelo atual Parlamento e por ela será constituído após as próximas eleições legislativas. Esta é a breve história da Revolução Islandesa: demissão de todo um governo em bloco, nacionalização da banca, referendum para que o povo decida sobre as decisões economicas transcendentais, encarceramento dos responsáveis pela crise e redação de uma nova constituição pelos cidadãos. Falou-se disso nos meios de comunicação europeus?
Tem-se comentado nas tertúlias políticas radiofônicas?
Tem-se visto imagens dos feitos pela TV? Claro que não. O povo islandês tem sabido dar uma lição a toda a Europa, intimidando o sistema e dando uma lição de democracia ao resto do mundo.

SE TE PARECE INTERESSANTE DIFUNDA ESTA MENSAGEM, PODE SER QUE HAJA ALGUÉM QUE NÃO SAIBA.

fuente:
foro-chile@lists.andrew.cmu.edu

Vejam o original (em castelhano) em RED LATINA SIN FRONTERAS

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