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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Caderno da CUT lança duas publicações


A primeira publicação analisa a questão da igualdade racial. A outra é um perfil dos delegados(as) do último congresso
cartilha.jpgA CUT lançou na noite de ontem (30), em Brasília, duas publicações. A primeira delas é o caderno "Igualdade Faz a Diferença! – Políticas para a Igualdade Racial e Combate à Discriminação". Iniciativa da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo, o trabalho traz, em 114 páginas, um resgate histórico da luta dos negros e negras no Brasil, desde sua chegada como escravos até 2010, ano em que entrou em vigor o Estatuto da Igualdade Racial.
Estiveram presentes ao lançamento o ministro da Igualdade Social, Elói de Araújo, a deputada federal Benedita da Silva, os deputados federais Vicentinho e Ricardo Berzoini e o diretor de Cooperação e Desenvolvimento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Mário Theodoro. A cerimônia durou aproximadamente meia hora no saguão do Hotel Nacional, que sedia a reunião da Direção Nacional da CUT, em Brasíli
Em seguida, foi lançado também "Quem são e o Que Pensam os Delegados e as Delegadas do 10º CONCUT", caderno que reúne e interpreta os resultados da pesquisa que foi aplicada aos participantes do último Congresso Nacional da CUT.
O ministro Elói disse que a iniciativa da CUT é extremamente importante por se integrar na luta para transformar o Estatuto da Igualdade Racial em prática cotidiana. "A lei é um cenário abstrato. A concretude depende da regulamentação e da mobilização. Que a atitude da CUT se espalhe para outras organizações e movimentos sociais", elogiou.
Comentando a situação dos negros no Brasil, o ministro recorreu a um fato que vem absorvendo a atenção da sociedade nos últimos dias: "Quem viu aquelas cenas do Rio, em que jovens estão correndo com os fuzis nas mãos, fugindo da autoridade policial, deve ter notado que entre eles não havia um só que não fosse preto ou pardo. Isso é resultado da desigualdade, é herança da escravidão".
A secretária de Combate ao Racismo, Maria Júlia Reis Nogueira, explica o objetivo da publicação. "Espero que ela promova o debate nas CUTs estaduais e nos sindicatos para que os dirigentes e os militantes tenham projetado dentro de si a necessidade de combater o racismo", comentou. Ela diz que a estratégia é motivar todos os sindicatos a incluírem em suas campanhas salariais cláusulas de combate ao racismo e de luta pela igualdade de oportunidades.
A Secretaria está realizando, junto com o Dieese, pesquisa nacional que vai mostrar quantos e quais sindicatos da base da CUT já tem essa prática. A pesquisa deve ser divulgada até março.
O presidente cutista, Artur Henrique, destacou que o caderno lançado nesta terça insere-se na estratégia da CUT para intervir e influenciar os rumos do desenvolvimento nacional.
Para apresentar o lançamento da pesquisa dos delegados e delegadas do 10º CONCUT, o secretário geral da CUT chamou a atenção para tabela que está na página 18 da publicação e que mostra a grande participação de pretos e pardos no encontro. "Vocês podem ver que a proporção desses companheiros no CONCUT é superior à proporção que existe na sociedade brasileira, segundo o IBGE", comentou. "Isso comprova que nossa base é amplamente negra", completou.
O presidente do Observatório Social, Aparecido Donizeti da Silva, destacou que a pesquisa traz um levantamento inédito sobre o conceito de trabalho decente.
As duas publicações lançadas hoje serão distribuídas para as entidades filiadas e também disponibilizadas no portal da CUT.

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