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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dirigentes da Coordenação dos Movimentos Sociais debatem as perspectivas para 2011 e o Fórum Social Mundial

Comissão Operativa da CMS se reúne na próxima segunda-feira na sede da Apeoesp

Escrito por: Leonardo Severo

 
Rosane Bertotti representa a CUT na Operativa da CMS
Rosane Bertotti representa a CUT na Operativa da CMS
A Operativa Nacional da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) realiza uma reunião ampliada – a última do ano – na próxima segunda-feira (6), a partir das 10 horas, no auditório da sede da APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). Na pauta, a avaliação de 2010, as perspectivas para o próximo ano e o Fórum Social Mundial, que será realizado em fevereiro de 2011, em Dakar, no Senegal.
Na avaliação de Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores, que representa a CUT na Operativa da CMS, "a unidade de ação dos movimentos sociais teve papel de destaque na eleição de Dilma Rousseff e agora é o momento de fortalecer ainda mais a  nossa Coordenação para ampliar a pressão e aprofundar as mudanças".
De acordo com Rosane, desde os Fóruns Sociais Mundiais de Porto Alegre e Salvador, realizados no começo de 2010, “a CMS soube fazer a necessária disputa em defesa de um projeto nacional baseado nas nossas próprias forças, que enfrentasse a crise do capital financeiro internacional – e do imperialismo - valorizando a integração solidária e soberana da América Latina”.
A realização da Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais, ocorrida no dia 31 de maio, na Quadra dos Bancários de São Paulo, com cerca de 2.500 participantes; a Assembléia Nacional da Classe Trabalhadora, organizada pelas Centrais Sindicais, com  25 mil manifestantes no Pacaembu, e o ato “Movimentos Sociais com Dilma”, durante o segundo turno das eleições presidenciais, foram, segundo a dirigente cutista, “uma demonstração da capacidade de mobilização do movimento popular e das imensas potencialidades que só a amplitude das entidades representadas na CMS consegue materializar”.
Para o próximo ano, além da continuidade da luta pela valorização do salário mínimo, redução dos juros e da jornada de trabalho para 40 horas, democratização da comunicação, defesa dos recursos do pré-sal para as áreas sociais e da reforma agrária, com mudanças nos índices de propriedade da terra, Rosane acredita que os movimentos sociais levarão às ruas com ainda mais determinação as suas bandeiras. “Ficou muito claro ao longo do último período que a liberdade e a autonomia dos movimentos não devem ser palavras vazias, mas que devem se expressar nas ruas, nas praças, nas empresas, nas universidades, de Norte a Sul do país, pois sem pressão não há avanço, sem luta não há conquista”, sublinhou.
A guerra cambial, alertou a líder cutista, é um dos problemas graves que deve entrar na pauta da CMS, já que as importações em novembro atingiram a maior média diária da história do país, US$ 868,8 milhões, alcançando US$ 17,3 bilhões, com graves repercussões sobre o salário e o emprego.
“Se avançamos com o governo Lula, reunimos agora ainda melhores condições de levar adiante as nossas propostas com o governo Dilma. Para isso, é preciso que os movimentos sociais cumpram com a sua razão de ser, ampliando o nível de organização e consciência de cada segmento, dentro de uma perspectiva cada vez mais integrada e solidária”, concluiu Rosane Berotti.  
A sede da Apeoesp fica na Praça da República, 282 - São Paulo-SP.

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