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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Más notícias, comentadas pelo presidente da CUT em seu blog

Aumento autoconcedido para 500 e poucos e falta de atualização da tabela do IR

Escrito por: Blog do Artur Henrique

Li pela imprensa que a equipe econômica do futuro governo não pretende atualizar a tabela do imposto de renda.
É um erro. O movimento sindical tem essa reivindicação, apresentou-a a alguns ministros e lembra que, desde 2006, sempre como resultado de negociação com as centrais, a tabela do IR vem sendo atualizada em janeiro, aumentando a faixa de isenção e reduzindo os percentuais para parte significativa dos assalariados.
A atualização sempre se deu, nesse período, com a retirada de 4,5% das faixas de cobrança – percentual que corresponde ao centro da meta de inflação estipulada pelo governo.
A atualização é pouco diante do desafio de mudar a estrutura tributária brasileira, altamente regressiva – quem ganha menos paga mais, como todos sabem. Mas, ainda que tímida, a atualização fazia um pouco de justiça e apontava, politicamente, para mudanças mais ousadas.
Ficar sem nenhuma medida é ruim demais.
Ainda no noticiário, vimos que teria havido uma mudança, sim. A faixa de isenção teria subido de R$ 17.989 para R$ 22.487 de rendimentos anuais.  Nada mais enganoso. Na prática, essa isenção para quem ganha até R$ 22.487 já acontecia, em virtude do desconto padrão de 20%.
Quando o governo anuncia oficialmente, na verdade só está regulamentando o que já acontecia. Com isso, pretende evitar que quem ganha menos (e já estava isento) faça a declaração. O que a Receita quer é diminuir a quantidade de declarações do IR desnecessárias e que não tinham direito a restituição.
É uma medida para diminuir o tráfego de declarações. Só.
Para saber mais sobre a atualização da tabela, clique aqui.
Aumento de 62% para os parlamentares
Antes tarde do que nunca. Já deveria ter feito este post, mas vai lá: um absurdo os deputados e senadores terem aprovado na velocidade da luz um aumento para si mesmos de 62%, enquanto o salário mínimo, importante para 47 milhões de brasileiros, patina no valor de R$ 540.
Falta de sensibilidade, na melhor das hipóteses.

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