Maria Júlia Nogueira, secretária de Combate ao Racismo da CUT, presente em Brasília
Escrito por: CNTE
Leão (presidente da CNTE), Júlia Nogueira (CUT) e Anatalina (Apeoesp)
 Duas  publicações voltadas para a conscientização e a mobilização contra o  preconceito racial foram lançadas no terceiro dia do 31° Congresso da  CNTE: o Caderno Antirracismo da CNTE, que reúne o conteúdo de palestras  realizadas no Encontro Nacional do Coletivo Antirracismo Dalvani Lellis;  e a Cartilha “Igualdade Faz a Diferença!”, da CUT, sobre políticas para  o combate à discriminação. 
Para Anatalina Lourenço, representante do Coletivo Antirracismo da  Região Sudeste, a luta contra o racismo deve ser de toda a sociedade  brasileira. “O que nos preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio  dos bons”, disse, durante o lançamento das publicações, citando o  ativista Martin Luther King. “Não podemos compactuar com o preconceito,  temos que agir”, completa.
Os textos da CNTE servem de referência para a compreensão das leis  10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam da inclusão da temática “História e  Cultura Afrobrasileira e Indígena” no currículo oficial das redes de  ensino.  A publicação também analisa a política de cotas na educação e o  Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010). “ A população negra é  maioria no Brasil e, mesmo assim, é um desafio de todos fazer cumprir  essas leis”, lamentou a secretária de Políticas Sociais da CNTE, Rosana  do Nascimento.
Celso José dos Santos, membro do Coletivo Antirracismo, Região Sul,  lembra que as políticas de ações afirmativas não podem ser vistas como  privilégio e sim como reparação. “Quando a escravidão foi abolida, os  negros não foram amparados por qualquer política para serem inseridos na  sociedade. È preciso reparar isso”, defende.

Leão: 
Os componentes da mesa foram enfáticos: a população deve lutar contra qualquer tipo de intolerância. Roberto Leão, presidente da CNTE, acredita que o livro da CNTE e a cartilha da CUT são armas tão importantes contra o racismo como passeatas ou atos públicos de protesto. “Temos que dialogar com os alunos sobre essa situação. Para que tenhamos uma sociedade igualitária, precisamos eliminar qualquer tipo de preconceito sexista, machista, homofóbico ou racista”, afirmou.
CUT
A secretária de Combate ao Racismo da Central Única dos Trabalhadores,  Maria Júlia Nogueira, agradeceu o convite da CNTE para lançar a cartilha  da CUT junto com a apresentação do Caderno Antirracismo da CNTE. “É  necessário que os trabalhadores da educação ajudem a construir uma nova  consciência sobre a igualdade racial”, propôs Júlia, sublinhando a  necessidade de multiplicar as ações nas salas de aula. Será com este  acúmulo de mobilização e de consciência, frisou, que será multiplicada a  compreensão de que “a igualdade é que faz a diferença”.
 A cartilha da CUT traz na íntegra as leis 10.639 e 12.288 e as  convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre  prevenção à discriminação e igualdade de remuneração, além de dedicar 53  páginas à história dos povos africanos, assinadas pelos especialistas  no tema Hakon Jacino e Ramatis Jacino.
2011 para Afrodescendentes
A Assembléia Geral da ONU declarou 2011 o Ano Internacional das  Populações Afrodescendentes, cujo lançamento oficial ocorreu no mês de  dezembro de 2010. Os objetivos principais são fortalecer o compromisso  político de erradicar a discriminação contra essas pessoas e promover  uma maior consciência e respeito à sua diversidade e cultura. 

 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário