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domingo, 16 de janeiro de 2011

CNTE e CUT lançam publicações antirracismo e defendem ativismo dos educadores contra preconceito

Maria Júlia Nogueira, secretária de Combate ao Racismo da CUT, presente em Brasília

Escrito por: CNTE

Leão (presidente da CNTE), Júlia Nogueira (CUT) e Anatalina (Apeoesp)


Leão (presidente da CNTE), Júlia Nogueira (CUT) e Anatalina (Apeoesp)

 Duas publicações voltadas para a conscientização e a mobilização contra o preconceito racial foram lançadas no terceiro dia do 31° Congresso da CNTE: o Caderno Antirracismo da CNTE, que reúne o conteúdo de palestras realizadas no Encontro Nacional do Coletivo Antirracismo Dalvani Lellis; e a Cartilha “Igualdade Faz a Diferença!”, da CUT, sobre políticas para o combate à discriminação.
Para Anatalina Lourenço, representante do Coletivo Antirracismo da Região Sudeste, a luta contra o racismo deve ser de toda a sociedade brasileira. “O que nos preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”, disse, durante o lançamento das publicações, citando o ativista Martin Luther King. “Não podemos compactuar com o preconceito, temos que agir”, completa.
Os textos da CNTE servem de referência para a compreensão das leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam da inclusão da temática “História e Cultura Afrobrasileira e Indígena” no currículo oficial das redes de ensino.  A publicação também analisa a política de cotas na educação e o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010). “ A população negra é maioria no Brasil e, mesmo assim, é um desafio de todos fazer cumprir essas leis”, lamentou a secretária de Políticas Sociais da CNTE, Rosana do Nascimento.
Celso José dos Santos, membro do Coletivo Antirracismo, Região Sul, lembra que as políticas de ações afirmativas não podem ser vistas como privilégio e sim como reparação. “Quando a escravidão foi abolida, os negros não foram amparados por qualquer política para serem inseridos na sociedade. È preciso reparar isso”, defende.
Leão:
Leão:











Os componentes da mesa foram enfáticos: a população deve lutar contra qualquer tipo de intolerância. Roberto Leão, presidente da CNTE, acredita que o livro da CNTE e a cartilha da CUT são armas tão importantes contra o racismo como passeatas ou atos públicos de protesto. “Temos que dialogar com os alunos sobre essa situação. Para que tenhamos uma sociedade igualitária, precisamos eliminar qualquer tipo de preconceito sexista, machista, homofóbico ou racista”, afirmou.
CUT
A secretária de Combate ao Racismo da Central Única dos Trabalhadores, Maria Júlia Nogueira, agradeceu o convite da CNTE para lançar a cartilha da CUT junto com a apresentação do Caderno Antirracismo da CNTE. “É necessário que os trabalhadores da educação ajudem a construir uma nova consciência sobre a igualdade racial”, propôs Júlia, sublinhando a necessidade de multiplicar as ações nas salas de aula. Será com este acúmulo de mobilização e de consciência, frisou, que será multiplicada a compreensão de que “a igualdade é que faz a diferença”.
 A cartilha da CUT traz na íntegra as leis 10.639 e 12.288 e as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre prevenção à discriminação e igualdade de remuneração, além de dedicar 53 páginas à história dos povos africanos, assinadas pelos especialistas no tema Hakon Jacino e Ramatis Jacino.
2011 para Afrodescendentes
A Assembléia Geral da ONU declarou 2011 o Ano Internacional das Populações Afrodescendentes, cujo lançamento oficial ocorreu no mês de dezembro de 2010. Os objetivos principais são fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação contra essas pessoas e promover uma maior consciência e respeito à sua diversidade e cultura.

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